As perspectivas de crescimento do consumo de a�o na constru��o, no agroneg�cio e na ind�stria brasileira enchem os olhos dos executivos da ArcelorMittal, maior grupo sider�rgico do mundo, nos pa�ses desenvolvidos ou emergentes onde a equipe se re�ne periodicamente. Depois de um 2011 marcado pelo enfraquecimento da demanda na Europa em crise e nos Estados Unidos, o que levou a empresa a congelar investimentos nas usinas de Jo�o Monlevade, na Regi�o Central de Minas Gerais, e de Santa Catarina, o cen�rio de vendas no pa�s em 2012 e nos pr�ximos quatro anos surge positivo. “O Brasil se tornou um �den (como no livro do G�nesis). Isso, de uma certa forma, � bom, mas temos de tomar muito cuidado com essa vis�o”, resume Augusto Espeschit
de Almeida, presidente da ArcelorMittal A�os Longos para a Am�rica do Sul. Otimista com a expans�o da economia brasileira e de alguns dos vizinhos latinos, como Peru e Bol�via, o conglomerado vai se aproveitar da efici�ncia m�xima de suas f�bricas para atender as compras mais aquecidas no subcontinente. A principal estrat�gia, em lugar de grandes aumentos de capacidade produtiva das usinas, ser� fortalecer a rede de distribui��o de produtos e servi�os, revela Espeschit de Almeida. O neg�cio em terras tupiniquins est� completando 90 anos, desde a opera��o em Sabar�, na Regi�o Metropolitana de Belo Horizonte, da primeira sider�rgica na Am�rica do Sul com todo o processo de produ��o integrado, ou seja, do min�rio de ferro ao a�o.
Turbul�ncia mundial
“O que se v� na Europa � o medo de ajudar a Gr�cia a sair da crise. Percebemos redu��o de consumo, excesso de capacidade produtiva, aumento do desemprego e isso assusta. Na hora que voc� v� do outro lado do mar obras em curso para a Copa e os jogos ol�mpicos, a Copa das Confedera��es, cria��o de portos, estradas, reservas de mais de 300 bilh�es de d�lares, estabilidade de pre�os e desemprego na casa de 6% � outra avalia��o e muito positiva para o Brasil. Em todos os lugares para onde eu viajo, os holofostes do mundo e qualquer roda t�m olhares voltado para o pa�s. O Brasil se tornou um �den. Isso, de uma certa forma, � bom, mas temos de tomar muito cuidado com essa vis�o. O pa�s se tornou caro para a produ��o industrial e mant�m uma carga tribut�ria violenta. Trabalhamos com proje��es de crescimento, no Brasil, de 5% a 7% ao ano do consumo de a�os longos (destinados � ind�stria, constru��o civil e ao agroneg�cio) nos pr�ximos cinco anos. No que diz respeito � Am�rica do Sul, o cen�rio � muito positivo, com bom n�vel de demanda, especialmente na Bol�via, Chile, Col�mbia e Peru. A Am�rica do Norte est� nos surpreendendo em recupera��o.”
Estrat�gia comercial
“N�s encerramos um segundo semestre de 2011 deprimido e com crescimento p�fio da ind�stria, mas j� havia uma demanda reprimida de obras de infraestrutura e para a Copa do Mundo-. Esses projetos come�ar a acontecer. Tivemos, agora, um janeiro invej�vel em vendas e este m�s tamb�m tem se mostrado num ritmo muito bom de neg�cios.; Nossa vis�o para 2012 � otmiista, mas n�o adianta a empresa ter plantas industriais excepcionais e n�o saber o que o cliente quer. Este ano ser� um per�odo em que vamos enfrentar e acompanhar o crescimento do mercado, estando cada vez mais perto dos clientes. Nossa pol�tica � atuar com o mesmo conceito dos supermercados, oferecendo uma cesta completa de a�os longos e planos e muito servi�o. Vendemos o a�o dobrado e cortado na medida e no peso certo necess�rio nas obras da constru��o. Muitas vezes, fazemos esse trabalho no pr�prio cliente. A empresa sair�, neste ano, de 94 para 110 pontos de distribui��o no Brasil e a cadeia de unidades de corte e dobra de a�o (fornecimento que chega aos canteiros de obras da constru��o em tempo real e ajustado ao cronograma da edifica��o), tamb�m vai crescer na mesma propor��o de 10% sobre os atuais 35 empreendimentos. Oferecendo servi�os, temos condi��es de manter o nosso mercado dom�stico mais blindado dos concorrentes estrangeiros.”
Duplica��o em Monlevade
“A decis�o de postergar o investimento or�ado em US$ 1,2 billh�o n�o muda ainda, porque a usina n�o est� especificamente ligada ao mercado dom�stico. A expans�o segue uma velocidade de consumo mundial e precisamos ter uma estabilidade para tomar decis�es sobre o projeto. O que n�s estamos fazendo � cada vez mais trabalhar com efici�ncia e excel�ncia operacional, absorvendo o melhor dos equipamentos. Nos preocupamos em conservar os equipamentos que j� chegaram � usina e preparamos a f�brica para retomar as obras assim que o momento for favor�vel para isso.”
90 anos em atividade
“Os neg�cios da ArcelorMittal A�os Longos Am�rica do Sul t�m origem no come�o dos anos 20 em Minas Gerais (no munic�pio de Sabar�), num per�odo de turbul�ncia mundial. Passamos por quase todas as crises de que se tem not�cia e elas nos ensinaram muito a superar desafios. Vamos chegar neste ano ao marco de 75 milh�es de toneladas de a�os longos produzidos no Brasil, que se transformou em refer�ncia para o grupo no mundo no que se refere a produtos de qualidade e bons �ndices t�cnicos de rendimento met�lico e consumo de energia. Atr�s do pioneirismo, a empresa se preocupou com um processo de produ��o sustent�vel.”