Dilma diz que prazo da Abreu e Lima deve ser cumprido

A presidente Dilma Rousseff disse, em entrevista � imprensa, em Maracana�, na grande Fortaleza, que o governo quer que os prazos de constru��o da refinaria Abreu e Lima sejam cumpridos para que a produ��o de derivados de petr�leo aumente e, consequentemente, deixe o Pa�s menos vulner�vel �s altera��es de pre�os. "N�s queremos que os prazos sejam cumpridos. Esse � um compromisso inclusive, da presidente (da Petrobras) Maria das Gra�as Foster" declarou Dilma.

"O Brasil parou de investir em refino. Durante muito tempo disseram que a taxa de retorno de uma refinaria era muito baixa. Quem tem taxa alta de retorno s�o as produ��es de petr�leo e g�s bruto. S� que quando voc� produz petr�leo e g�s bruto, se voc� � uma empresa verticalizada, voc� perde dinheiro porque na hora que o vento muda, como mudou agora, voc� tem um pre�o exorbitante para os derivados de petr�leo que a refinaria produz", afirmou Dilma, lembrando que o Brasil n�o � autossuficiente em derivados.

Para a presidente, � importante que a refinaria Abreu e Lima fique pronta para ajudar na produ��o de derivados de petr�leo no Pa�s. Dilma avisou que voltar� brevemente � regi�o para verificar de perto o andamento das obras. "A refinaria Abreu e Lima � uma exig�ncia do Brasil. N�o � uma quest�o s� do

Cear�", disse Dilma. A refinaria Abreu e Lima, no entanto, � um projeto localizado em Ipojuca, em Pernambuco, e n�o no Cear�, onde a presidente Dilma estava hoje. As obras da refinaria Abreu e Lima est�o atrasadas e h� um impasse por causa da postura do governo da Venezuela, que seria parceiro no investimento, mas que at� hoje n�o aplicou os recursos prometidos.

Ao ser lembrada da refinaria Premium 2 (no Cear�), Dilma explicou que n�o falou sobre esse investimento porque o projeto n�o apresenta os mesmos problemas de atraso da Abreu e Lima. "Ela (Premium 2) n�o tem o mesmo n�vel de atraso porque n�o tinha sido come�ada", afirmou Dilma, que estava ao lado do governador do Cear�, Cid Gomes (PSB).

"Aqui tivemos problemas ligados �s comunidades ind�genas", comentou a presidente, aproveitando para criticar o Minist�rio P�blico. "N�s tivemos um problema aqui - eu n�o ia entrar nisso - ligado � negocia��o com comunidades ind�genas", disse Dilma, acentuando que esse "� sempre um problema, no Brasil, complicado porque o Minist�rio P�blico est� envolvido".

Pre�os

Durante a entrevista, Dilma se esquivou de responder se concordava com aumento do pre�o dos combust�veis e se temia que isso pudesse impactar a infla��o, em refer�ncia ao que disse a nova presidente da Petrobras na semana passada. Em entrevista exclusiva ao Grupo Estado publicada pelo servi�o Broadcast na �ltima sexta-feira (24), Maria das Gra�as Foster disse que "precisamos, sim, corrigir pre�o".