Considerada a nova fronteira da ind�stria da minera��o em Minas Gerais, Montes Claros, no Norte do estado, vai abrigar uma f�brica de m�quinas para constru��o da CNH (Case New Holand), empresa do grupo Fiat, dentro de tr�s anos. Os investimentos est�o estimados em R$ 600 milh�es, conforme anunciou, ontem, o governador Antonio Anastasia, que viaja a Turim, sede italiana da companhia, para a assinatura do protocolo de inten��es do projeto na segunda-feira. A cidade vai receber a unidade que dever� ser a maior da marca em n�mero de empregos gerados. “A nova f�brica de tratores, em �rea de 700 mil metros quadrados, deve gerar cerca de 2,7 mil empregos e ter produ��o anual de 6 mil tratores, m�quinas e equipamentos para obras”, disse Anastasia.
A CNH informou, por meio de sua assessoria de imprensa, que s� vai se pronunciar sobre o projeto depois de concluir o seu detalhamento e firmar o acordo de implanta��o com o governo mineiro. At� hoje, a unidade da CNH que mais emprega � a de Curitiba, com 2,3 mil colaboradores. A expectativa � de que os tratores de esteira, retroescavadeiras e p�s-carregadeiras, os principais produtos da f�brica do novo distrito industrial de Montes Claros, cheguem ao mercado em 2014. Com a nova planta industrial, a atua��o da empresa no estado consolida a participa��o de m�quinas para obras de infraestrutura e minera��o como foco de novos investimentos.
� a mesma especificidade das linhas de produ��o da f�brica de Contagem, que emprega, hoje, 1.161 funcion�rios. Na unidade da Regi�o Metropolitana de Belo Horizonte (RMBH), a empresa mant�m centro de pesquisa e desenvolvimento de produtos para abastecer mercado interno e tamb�m disputar o mercado internacional. S�o fabricados os mesmos equipamentos previstos para a unidade de Montes Claros, al�m de motoniveladoras.
Ind�stria de m�quinas reduz atividade e demite
O setor de m�quinas e equipamentos fechou o ano passado com faturamento de R$ 81,2 bilh�es, uma alta de 9,2% em rela��o a 2010. Apesar do resultado positivo, o d�ficit da balan�a comercial do setor atingiu o recorde de US$ 17,8 bilh�es em 2011, sob press�o das importa��es. A ind�stria nacional tem reduzido a atividade e cortou 2,3 mil empregos em dezembro de 2011. Reagindo contra a queda do d�lar, a ind�stria decidiu colocar o bloco na rua para pressionar o governo federal. O grito � pela redu��o da taxa b�sica de juros, do spread banc�rio (diferen�a entre a taxa paga pelos bancos na capta��o de recursos e aquela cobrada nos empr�stimos), al�m de declarar guerra � entrada do capital estrangeiro que pressiona o calcanhar de aquiles do segmento, o c�mbio. (Com Marinella Castro)