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Estado de Minas

Para economistas, medidas do governo n�o s�o suficientes para conter valoriza��o do real


postado em 01/03/2012 18:43 / atualizado em 01/03/2012 19:04

O economista Roberto Troster avalia que a decis�o do governo de esticar de dois para tr�s anos o prazo de incid�ncia da al�quota de 6% do Imposto de Opera��es Financeira (IOF) nos empr�stimos e capta��es de recursos de empresas e bancos no exterior pode servir, em um primeiro momento, de barreira � entrada excessiva de d�lares. Mas n�o � suficiente para conter a valoriza��o do real.

“� uma medida na dire��o certa, mas � pouca coisa”, advertiu. Para Troster, o pa�s precisa investir mais no aumento da produtividade interna. A mesma opini�o � defendida pelo economista Alcides Leite, professor da Trevisan Escola de Neg�cios, para quem � necess�rio estabelecer uma pol�tica industrial de longo prazo, com redu��o da carga tribut�ria e dos custos de m�o de obra e de financiamento.

“Controles de capital no mundo globalizado s�o medidas in�cuas. � como tentar segurar a �gua com a m�o. Sempre vai ter um espa�o, uma brecha”, analisou Leite. Na opini�o dele, o Brasil deveria aproveitar melhor “as vantagens comparativas” e explorar mais a riqueza da biodiversidade, investindo, por exemplo, nas �rea de f�rmacos naturais e energia alternativa.

O professor da Universidade Municipal de S�o Caetano do Sul (USCS) Radam�s Barone disse que a tend�ncia � a valoriza��o do d�lar, como pretende o governo, mas considera que a medida anunciada hoje deve ser combinada com opera��es de swap cambial (compra e venda de d�lares no mercado futuro) como forma de enxugar a liquidez da moeda estrangeira.

De acordo com a an�lise de Barone, com a amplia��o da incid�ncia do IOF sobre empr�stimos externos, o governo tenta, pelo menos, evitar que a cota��o da moeda norte-americana caia para menos de R$ 1,70. Ele observou que a valoriza��o do real deixa a exporta��o mais vulner�vel e, sem levar em considera��o o alto n�vel de reservas cambiais, v� a possibilidade de o pa�s voltar a ter d�ficit comercial e ser obrigado a recorrer, novamente, ao Fundo Monet�rio Internacional (FMI). Um cen�rio que, para ele, “seria o pior dos mundos”.

J� na vis�o do economista Sidnei Moura Hehme, diretor executivo da NGO Corretora de C�mbio, “a valoriza��o do real decorre, neste momento, muito mais das expectativas que se formam em torno da vis�o prospectiva de elevados ingressos de recursos externos no pa�s, do que da realidade presente". Para ele, cabe ao governo "quebrar essa crescente expectativa fortalecendo os bloqueios a este suposto volume que ser� direcionado ao pa�s, pois s� a revers�o das expectativas recolocar� o pre�o da moeda americana em n�veis compat�veis”. Ele se referiu � hip�tese de o pa�s receber recursos especulativos oriundos, principalmente, da Europa, inundada pelo Banco Central Europeu com dinheiro barato para reaquecer a economia em crise.


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