Na Alemanha, onde se re�ne hoje com a chanceler alem�, Angela Merkel, a presidenta Dilma Rousseff voltou a criticar o excesso de recursos injetados na economia global pelos pa�ses desenvolvidos para amenizar os efeitos da crise econ�mica que enfrentam. Dilma disse que essa expans�o monet�ria produz desvaloriza��o artificial das moedas e uma bolha especulativa.
“Quando [se] expande nessa propor��o, a massa monet�ria produz dois efeitos, um � a desvaloriza��o artificial da moeda. Porque a desvaloriza��o n�o artificial da moeda � produzida por ganhos de competitividade das economias dom�sticas, essa equivale a uma barreira tarif�ria e todo mundo se queixa de barreira tarif�ria, de protecionismo, e isso � uma forma de protecionismo”. A presidenta completou: “Tem um outro problema s�rio, cria-se uma massa monet�ria que n�o vai para a economia real, ela produz bolha, especula��o”.
Dilma disse tamb�m que o momento � importante para discutir “mecanismos incorretos” de pol�tica cambial. “Por isso o Brasil quer mostrar que est� em andamento uma forma concorrencial de prote��o de mercado, que � o c�mbio. N�o � tarifa, � o c�mbio. O c�mbio hoje � uma forma artificial de prote��o do mercado”, disse em entrevista.
Para a presidenta, neste contexto de crise, os pa�ses desenvolvidos devem adotar pol�ticas de expans�o do investimento. “O investimento n�o s� melhora a demanda interna, mas abre tamb�m a demanda externa por nossos produtos”. Dilma tamb�m ressaltou que o Brasil � uma economia soberana e que o pa�s tomar� as medidas necess�rias para se proteger.
A crise econ�mica internacional ser� tema da conversa entre Dilma e Angela Merkel, que � a principal l�der das negocia��es na Uni�o Europeia (UE) em busca de solu��es para evitar o agravamento da crise. As duas tamb�m devem conversar sobre educa��o, ci�ncia, tecnologia e inova��o, al�m de desenvolvimento sustent�vel, energia e infraestrutura, assuntos centrais na coopera��o bilateral.