Estudo do Departamento Intersindical de Estat�stica e Estudos Socioecon�micos (Dieese) e da Funda��o Sistema Estadual de An�lise de Dados (Seade) divulgado hoje mostra que, entre 2010 e 2011, na Regi�o Metropolitana de S�o Paulo, houve uma queda na diferen�a entre as remunera��es pagas a mulheres e homens. Enquanto o aumento m�dio real por hora no sexo feminino passou de R$ 7,14 para R$ 7,32 no per�odo, entre os homens os sal�rios subiram de R$ 9,49 para R$ 9,54. Em termos porcentuais, as altas foram, respectivamente, de 2,4% e 0,4%.
De acordo com a pesquisa "Mulheres no Mercado de Trabalho da Regi�o Metropolitana de S�o Paulo", enquanto em 2010 os valores m�dios dos rendimentos das mulheres correspondiam a 75,2% dos obtidos pelos homens, em 2011 essa propor��o passou para 76,7%.
Para a analista de mercado de trabalho do Dieese Ana Maria Belavenuto, apesar de o crescimento "bom e significativo" do rendimento m�dio das mulheres, equiparar as remunera��es entre os g�neros ainda � o grande desafio. "As mulheres j� est�o indo para um mercado de trabalho mais estruturado, com carteira assinada e ocupa��es mais bem remuneradas", afirma. "Elas, por�m ainda t�m muito a percorrer."
Sobre o avan�o mais acentuado da remunera��o m�dia, o estudo explica que as mulheres t�m migrado de fun��es de baixo sal�rio para outras que pagam mais. "Com o mercado de trabalho brasileiro aquecido, as mulheres v�m ocupando atividades de melhor remunera��o no com�rcio e no setor de servi�os, deixando para tr�s atividades dom�sticas de baixos sal�rios", explica a analista. "O mercado de trabalho vem crescendo e favorecendo os dois g�neros, mas os dados mostram que s�o as mulheres que est�o se beneficiando mais do crescimento do setor de servi�os no Pa�s."