O resultado do Produto Interno Bruto (PIB) de 2011, divulgado hoje pelo IBGE, n�o teve posi��o de consenso dentro da base aliada. Para o senador Humberto Costa (PT-PE), o porcentual "foi perfeitamente dentro das expectativas". "Naturalmente que o governo tinha um desejo que ating�ssemos 4%, 4,5%, mas diante do cen�rio internacional, com a diminui��o do com�rcio exterior, foi natural que cheg�ssemos a um resultado como esse", afirmou. Segundo ele, o quadro teria sido pior sem as medidas tomadas pela presidente Dilma Rousseff, como incentivos � ind�stria nacional e desonera��o de uma s�rie de tributos para a produ��o. "O governo foi at� ousado", disse. Costa ressaltou que o resultado foi uma "proeza", se comparado com a crise de 2009, ano em que o pa�s teve um crescimento negativo". "Foi satisfat�rio", resumiu.
A opini�o, por�m, n�o � compartilhada por todos os senadores governistas. O presidente do PMDB, Valdir Raupp (PMDB-RO), disse que se o pa�s tivesse uma infraestrutura mais forte e adequada, teria crescido mais. "O pa�s est� travado", criticou ele, ao comentar que a execu��o do Programa de Acelera��o do Crescimento (PAC) est� em "ritmo lento". Para Raupp, as medidas tomadas pelo governo em 2011 para conter a desacelera��o da economia demoraram demais.
"Foram insuficientes", completou outro aliado, o senador Blairo Maggi (PR-MT). Ele defendeu que para a economia crescer de "forma consistente" � preciso haver programas de financiamento de longo prazo para pequenos e m�dios empres�rios. Isso porque, afirmou, ao menor sinal de intemp�rie na economia, esses recursos s�o cortados. "As empresas n�o podem ficar no efeito sanfona", disse.
Para o senador Antonio Carlos Valadares (PSB-SE), o crescimento brasileiro de 2,7% foi "inesperado", j� que a expectativa era ficar entre 3% e 3,5%. Mas ainda assim defendeu as medidas tomadas pelo governo no ano passado. "Se n�o fossem elas, o �ndice de crescimento seria menor".