Queda na produ��o n�o deve persistir em fevereiro

Apesar da queda de 2,1% na produ��o nacional em janeiro ante dezembro - o pior resultado desde dezembro de 2008, quando houve recuo de 12,2% - a ind�stria segue com um comportamento moderado na avalia��o do gerente da Coordena��o de Ind�stria do Instituto Brasileiro de Geografia e Estat�stica (IBGE), Andr� Macedo. Os principais motivos que levaram � redu��o na produ��o seriam pontuais, e n�o devem persistir em fevereiro.

"O recuo na produ��o de ve�culos automotores e das atividades extrativas d� mais ou menos a explica��o para a magnitude dessa queda", explicou Macedo, citando a paralisa��o de car�ter excepcional na produ��o de caminh�es e a ocorr�ncia de chuvas fortes em Minas Gerais que prejudicaram a extra��o de min�rio de ferro. "Mas se voc� observa a ind�stria como um todo, h� um comportamento mais moderado. Voc� tem quase a mesma quantidade de atividades em expans�o e em queda."

Entre os 27 ramos industriais pesquisados, um permaneceu est�vel em janeiro, 14 tiveram queda, enquanto 12 apontaram alta na compara��o com dezembro. No entanto, por categorias de uso, a produ��o de bens de capital recuou 16% em janeiro ante dezembro, enquanto a produ��o de bens intermedi�rios caiu 2,9%. Ambos resultaram nos recuos mais intensos desde dezembro de 2008, auge da crise internacional.

Macedo defende que, naquela ocasi�o, houve de fato influ�ncia da crise, mas que n�o h� raz�es para uma compara��o entre a situa��o da ind�stria em 2008 e o recuo logo no primeiro m�s de 2012. "S�o dois momentos bem distintos, n�o s�o compar�veis. Muito dessa queda agora (janeiro de 2012) foi devido a fatores pontuais", afirmou o gerente do IBGE. "Precisamos esperar a leitura de fevereiro para entender que rumo a ind�stria est� tomando."