O ministro da Fazenda, Guido Mantega, disse hoje que os minist�rios est�o sendo “provocados” a realizar investimentos. Ainda segundo ele, para cumprir o super�vit prim�rio de 3% este ano, n�o ser�o necess�rios cortes em investimentos. Para as estatais, a responsabilidade � fazer, segundo o ministro, investimentos de mais de R$ 100 bilh�es em 2012, sendo a Petrobras e a Eletrobras as principais dessas empresas.
“A Petrobras, no ano passado, foi a empresa de petr�leo que mais investiu, em todo o mundo [R$ 43 bilh�es]. Queremos fazer mais [chegar a R$ 50 bilh�es]. Nem sempre a ind�stria � capaz de dar conta dessas demandas, mas no ano passado foi o de maior investimento de sua hist�ria”, disse o ministro durante apresenta��o do balan�o da segunda fase do Programa de Acelera��o do Crescimento (PAC 2).
Segundo Mantega, o objetivo do governo � fazer a economia crescer 4,5% em 2012. Se esse crescimento for alcan�ado, ser� um resultado bem melhor que o de 2011 quando o Produto Interno Bruto (PIB) ficou em 2,7%, segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estat�stica (IBGE).
Mantega, que participou do, lamentou que 2011 tenha sido um ano dif�cil devido � crise e � guerra cambial com v�rios pa�ses desvalorizando artificialmente as moedas para tornar seus produtos mais competitivos no mercado externo. “N�s tivemos uma agudiza��o da guerra cambial, com v�rios pa�ses manipulando as moedas para que o c�mbio desvalorizado barateasse suas mercadorias”, disse.
De acordo com o ministro, mesmo sendo um ano complicado em termos econ�micos, o Brasil tomou v�rias a��es para controlar a infla��o e manter o real em um patamar que n�o prejudicasse a economia brasileira. O ministro lembrou que, no segundo semestre de 2011, foi poss�vel melhorar a situa��o cambial ao manter o d�lar acima de R$ 1,70. Mantega ressaltou que o governo n�o tem um patamar para o valor do d�lar, mas quanto mais o real estiver desvalorizado, melhor ser� para a competitividade dos produtos brasileiros no exterior.
“A ind�stria manufatureira brasileira sofre com dificuldades para exportar e com as importa��es com pre�os baixos que subtraem parte do nosso mercado”, destacou o ministro. Ele advertiu, por�m, que o governo continuar� com a��es na �rea cambial.
Mantega citou ainda o volume de reservas internacionais como outra arma para enfrentar a crise. Ele destacou que mais de US$ 60 bilh�es foram acrescidos �s reservas no ano passado, com o volume total chegando a US$ 350 bilh�es. Para ele, o Brasil passa dessa forma a ser um pa�s s�lido e “cal�ado” em reservas. “Assim, � dif�cil imaginar algum ataque especulativo cambial em rela��o ao Brasil.”
O ministro voltou a mostrar preocupa��o com a crise mundial que, segundo ele, continuar�, em 2012, a trazer turbul�ncias. Mantega destacou ainda que as dificuldades deste ano levar�o o governo a se empenhar mais em enfrentar a crise. “Entre os desafios, est�o o aumento dos investimentos p�blicos e privados. Eles s�o importantes para que em 2012 a taxa de crescimento seja maior do que em 2011”, disse. Nesse sentido, a equipe econ�mica espera que em 2014 os investimentos atinjam 24% do PIB.