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Estado de Minas PARALISA��O REL�MPAGO

Governo acena com reuni�o e paralisa��o de camonhoneiros � suspensa


postado em 09/03/2012 07:08 / atualizado em 09/03/2012 09:54


Com o anúncio da interrupção do transporte de gasolina e álcool, motoristas fizeram fila para abastecer ao longo do dia em BH (foto: Gladyston Rodrigues/EM/D.A/Press)
Com o an�ncio da interrup��o do transporte de gasolina e �lcool, motoristas fizeram fila para abastecer ao longo do dia em BH (foto: Gladyston Rodrigues/EM/D.A/Press)

O temor de desabastecimento e de que os donos de postos de gasolina em Belo Horizonte se aproveitassem da paralisa��o dos caminhoneiros para aumentar o pre�o nas bombas levou movimento at�pico aos postos da cidade, na tarde de ontem. O transporte de combust�veis na regi�o metropolitana foi mais uma vez interrompido devido a uma paralisa��o do Sindicato dos Transportadores de Combust�vel e Derivados de Petr�leo do Estado de Minas Gerais (Sindtanque). A paralisa��o come�ou na madrugada de quinta-feira em protesto contra o aumento da al�quota do Imposto sobre Circula��o de Mercadorias e Presta��o de Servi�os (ICMS) do diesel, de 12% para 15%, implantado no in�cio do ano. �s 14h, depois que a Secretaria de Estado de Fazenda agendou reuni�o com lideran�as do Sindtanque para segunda-feira, o trabalho de abastecimento voltou ao normal. Mas nessa altura, a gasolina j� estava nas �ltimas em v�rios postos da Grande BH – o pre�o, nos postos visitados pela reportagem, n�o foi alterado.

Segundo o vice-presidente do Sindicato do Com�rcio Varejista de Derivados do Petr�leo de Minas Gerais (Minaspetro), Jo�o Victor Renault, as consequ�ncias da paralisa��o da madrugada teriam sido piores caso a BHTrans n�o tivesse aprovado suspens�o da restri��o da circula��o de caminh�es no Hipercentro da capital (dentro da �rea da Avenida do Contorno). A libera��o veio justamente quando a gasolina da maior parte dos postos estava perto do fim. “Houve antecipa��o de consumidores aos postos, com medo de que houvesse desabastecimento. Acreditamos que os postos v�o elevar os estoques, caso a situa��o se complique na semana que vem. Mas esperamos que haja acordo”, disse.

Eram 15h45 quando o motorista da Transportadora Alo�sio Pereira, Geraldo Lordiel da Cunha, conseguiu entrar no primeiro posto que abasteceria no dia de ontem, com o caminh�o carregado de 10 mil litros de gasolina e 5 mil de �lcool. Normalmente, ele faz isso �s 8h da manh�. Demorou para entrar, porque teve que ficar na fila de autom�veis que fazia frentistas como Webert Ribeiro suar a camisa correndo de um lado para outro, para atender a demanda.

Os carros diante do posto complicavam o tr�nsito na �rea hospitalar, enquanto Webert contava que teve de ficar sem almo�o e que previa aquele f�lego at� as 22h. Geraldo era outro que n�o tinha hora para terminar de trabalhar. O motorista chegou na transportadora �s 7h e ficou esperando ordens para come�ar o trabalho. “Liberaram para a gente entrar na Regap (Refinaria Gabriel Passos, em Betim) mesmo s� �s 14h.”

Assustados Na fila do posto, a comprova��o deste movimento. “Mandei encher o tanque para que eu consiga ficar tranquila at� a semana que vem”, dizia a empres�ria Dayse Cristina da Silva Almeida. O auxiliar administrativo Alan Vidigal, que se prepara para fazer motocross no fim-de-semana tamb�m antecipou os planos de abastecimento dos gal�es que leva para a atividade: “Fiquei assustado com o que aconteceu em S�o Paulo, com os postos aumentando o pre�o e preferi prevenir”. Mesmo caso da comerciante Juliene do Nascimento Mendes: “Quando vi a not�cia de que os caminhoneiros das transportadoras estavam parados, imaginei que aconteceria aqui como em S�o Paulo, com o pre�o batendo os R$ 4,50. Corri para c�, porque vou viajar no fim-de-semana”.

O dono do posto Duas P�trias, na �rea Hospitalar, Antonio Andrade Mendes, estava preocupado com o abastecimento. “Esperamos que venham outros caminh�es porque s� esse a� n�o vai resolver o problema nem por quatro horas”, dizia. Ele vende, em m�dia, de 30 a 45 litros de combust�vel por dia, que t�m distribui��o dividida tr�s vezes nesse per�odo. “E n�o podemos mexer no pre�o”, disse. “Mas que d� vontade de tacar o pre�o l� nos R$ 5, isso d�”, admitia Marcos Vin�cius de Carvalho Felix, gerente do Posto Carm�nia, no Bet�nia. “Normalmente abrimos o tanque (come�amos o dia) com 2 a 3 mil litros em estoque. Na pr�xima semana, vamos passar a deixar 8 mil, por garantia, na expectativa de uma resolu��o.”

Em S�o Paulo
O Sindicato Nacional das Empresas Distribuidoras de Combust�veis e de Lubrificantes (Sindicom) informou que as opera��es das empresas est�o normalizadas desde a madrugada de hoje em S�o Paulo. A entidade agora trabalha com a previs�o de que o pleno abastecimento dos postos seja restabelecido em um prazo de 3 a 5 dias. As bases de distribui��o da Grande S�o Paulo, cujo fluxo de ve�culos estava prejudicado devido a manifesta��es de caminhoneiros aut�nomos contr�rios � proibi��o de circula��o pelas marginais, n�o apresentam novos problemas. “Embora a Pol�cia Militar continue disponibilizando escoltas, as entregas de combust�veis est�o sendo feitas sem prote��o policial, n�o sendo verificada a presen�a de piqueteiros nas imedia��es das bases”, destaca a nota assinada pelo presidente da entidade, Alisio Vaz. O sindicato informa ainda que ao longo do dia, em conjunto com a PM, vai monitorar as opera��es, para verificar a efetiva volta � normalidade.

Press�o leva governo a ceder

Esta � a segunda interrup��o de atividades este ano. “O decreto veio em 1º de janeiro, passando a al�quota do diesel de 12% para 15%. Com esse aumento estamos tendo perda com os nossos clientes de fronteira, devido a proximidade com alguns estados que permanecem com a al�quota de 12%”, explica Irani Gomes, presidente do Sindtanque. Segundo ele, os postos de Rio de Janeiro, Espirito Santo e S�o Paulo t�m atra�do muito mais os clientes, ou seja, os motoristas, que preferem pagar menos al�m das divisas mineiras. “Houve uma queda de aproximadamente 40% do nosso trabalho. Por isso a reivindica��o das empresas � que o governo revogue esse decreto”, destaca.

De acordo com o sindicato, todas as empresas distribuidoras do polo petroqu�mico de Betim participaram da paralisa��o, entre elas Ale, BR Distribuidora, Ipiranga e Shell. Tr�s reuni�es j� teriam acontecido entre o Sindtanque e a Secretaria de Fazenda sobre o assunto. O governo do Estado informou que a al�quota para �leo diesel em Minas � menor do que as de 17 outros estados, que aplicam al�quotas superiores a 15% nas opera��es com �leo diesel. Al�m disso, o governo destacou que em 2003 reduziu de 18% para 12% a al�quota do �leo diesel e agora aumentou para 15%.

Ainda segundo informa��es do governo do estado, a Secretaria de Fazenda se reuniu com os representantes do sindicato para reafirmar esses argumentos. De acordo com dados divulgados pelo governo, no sudeste Esp�rito Santo e S�o Paulo continuam com al�quotas de 12% e o Rio de Janeiro com 13%. Al�m deles, Tocantins e Goi�s t�m tarifas de 13,5%, enquanto que Santa Catarina, Rio Grande do Sul, Paran� e Distrito Federal mant�m al�quotas de 12%. Os �ndices mais altos do pa�s s�o de 17%. (FB e GP)


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