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Estado de Minas

Cresce inten��o de consumo da classe m�dia


postado em 09/03/2012 07:48

A inten��o de compra de consumidores da classe C subiu de 15% em janeiro do ano passado para 24% em janeiro deste ano. Foi o maior avan�o entre as faixas de renda pesquisadas pela Fecom�rcio-RJ/Ipsos, no levantamento H�bitos de Consumo Brasileiro, divulgado com exclusividade para a Ag�ncia Estado. Nas classes A e B, esta fatia subiu de 25% para 29% e, nas fam�lias D e E, a participa��o cresceu de 13% para 15%.

A pesquisa ouviu 1.000 entrevistados em 70 cidades do Pa�s. Deste total, 23% sinalizaram interesse em gastar mais este ano, contra 17% em 2011, impulsionados pela classe C.

O maior interesse da classe m�dia em compras tamb�m ajudou a impulsionar o gasto m�dio do brasileiro com alimenta��o, higiene e limpeza, que cresceu 14,5% no per�odo, de R$ 365,54 para R$ 418,56, em valores atualizados. "Este movimento de maior �mpeto de consumo da classe C n�o � novidade. Mas realmente houve um avan�o expressivo no in�cio deste ano", afirmou o economista da Fecom�rcio-RJ, Christian Travassos.

O cont�nuo crescimento da massa salarial do brasileiro, que norteou a migra��o de consumidores de faixas de renda baixa para mais elevadas nos �ltimos anos, tem sustentado o consumo da classe C. "O mercado de trabalho continuou aquecido no come�o de 2012, e isso facilitou tamb�m o acesso ao cr�dito", disse, lembrando que estabilidade no emprego � pr�-requisito em tomadas de empr�stimos. Outro fator lembrado pelo economista foi o t�rmino das medidas macroprudenciais em meados do ano passado, anunciadas em dezembro de 2010, e que restringiam o consumo.

Entre as prioridades de consumo, o destaque na pesquisa foi reforma de casa, lembrado por 28% dos consumidores da classe C na pesquisa, contra 17% em janeiro de 2011. Este servi�o tamb�m foi o mais lembrado pelas faixas de renda A e B (24%); e D e E (31%). Al�m da continuidade de redu��o de Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI) sobre material de constru��o, prorrogada tr�s vezes, Travassos lembrou a recente linha liberada pelo governo, via Caixa Econ�mica Federal (CEF), para reformas de domic�lio, com recursos do FGTS.

Para o economista da Confedera��o Nacional do Com�rcio (CNC) Bruno Fernandes, o consumo em alta da classe C deve continuar nos pr�ximos anos. "As condi��es s�o favor�veis", afirmou. Em 2012, houve aumento real de 7% no sal�rio m�nimo, cujo reajuste � indexado � evolu��o do Produto Interno Bruto (PIB) e � infla��o. O especialista n�o descarta novos reajustes em patamar pr�ximo ao de 2012. Caso os aumentos do sal�rio m�nimo se mantenham, o poder de compra da baixa renda tamb�m ir� crescer e impulsionar sua migra��o para a classe m�dia. "E n�o podemos nos esquecer que a infla��o est� mais bem comportada este ano. Isso d� um poder de compra maior para o consumidor", afirmou Fernandes.

Na pr�tica, a altera��o na composi��o das classes sociais no Brasil, beneficiada pela pol�tica de transfer�ncia de renda, tamb�m transformou o or�amento do brasileiro, segundo a Funda��o Get�lio Vargas (FGV). "Com o aumento de renda do trabalhador na �ltima d�cada, o consumidor mais pobre desloca gastos para outros tipos de consumo e n�o o concentra mais, principalmente, em alimentos", explicou o economista da FGV, Andr� Braz.


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