O ministro da Fazenda, Guido Mantega, anunciou hoje que o governo vai desonerar a folha de pagamento da ind�stria, com a isen��o da taxa de recolhimento ao Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) que atinge 20% sobre o ganho do trabalhador. O ministro disse que novos segmentos, que n�o foram contemplados no Plano Brasil Maior poder�o ter a isen��o. A medida integra a iniciativa do governo de reduzir os custos trabalhistas da ind�stria para que o setor melhore seu desempenho no com�rcio internacional.
O incentivo dever� ser compensado com uma al�quota a ser cobrada sobre o faturamento, mas cujo percentual ainda est� em estudo. Para o ministro, essa medida dever� elevar o n�vel de competitividade com os importados. Ele observou que ap�s a crise financeira de 2008, houve uma intensifica��o da concorr�ncia “muitas vezes desleal”.
“Todo o mundo est� desesperado para exportar e o Brasil, como vai indo bem, tem um mercado forte e [por isto] � mais visado”, disse Mantega. Dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estat�stica (IBGE) indicam que, em janeiro, a produ��o industrial teve queda de 2,1% ante dezembro e ao longo do ano passado, a atividade no setor cresceu 1,6%, abaixo da m�dia do Produto Interno Bruto (PIB) do pa�s que alcan�ou 2,7%.
Al�m de medidas de incentivos para estimular o setor manufatureiro, o ministro sinalizou que o governo poder� tomar medidas complementares �s que j� vem adotando para evitar o desequil�brio cambial. Ele deu essas informa��es ap�s reunir-se em um almo�o oferecido pelo Instituto de Estudos para o Desenvolvimento Industrial (Iedi) com 20 lideran�as empresariais.
Perguntado por jornalistas sobre a possibilidade de o governo alterar a taxa de rendimento da caderneta de poupan�a, Mantega descartou a hip�tese, ao dizer que a rentabilidade da taxa b�sica de juros (Selic) � maior. Na quarta-feira o Comit� de Pol�tica Monet�ria (Copom) fez um corte de 0,75 ponto percentual na Selic que passou a ser de 9,75% ao ano.