T�o boa quanto sentir o chocolate derreter na boca � a sensa��o de conseguir um emprego com carteira assinada. Embalados pelas vendas de ovos de P�scoa, que devem crescer 10% em rela��o ao mesmo per�odo de 2011, a ind�stria e o com�rcio v�o contratar 71,5 mil trabalhadores para atender a demanda da esta��o mais a�ucarada do ano. Minas deve ficar com 11% dessa fatia. O trabalho tempor�rio � a chance de o aspirante a uma vaga conquistar o posto no longo prazo. Segundo estudo divulgado pela Associa��o Brasileira das Empresas de Servi�os Terceiriz�veis e de Trabalho Tempor�rio (Asserttem), a expectativa � de que a cadeia do chocolate efetive 8,5 mil trabalhadores brasileiros nesta P�scoa.
A ind�stria, que desde o fim do ano passado disparou o gatilho das contrata��es, procura de promotores de vendas a operadores de m�quinas. Em outra ponta o com�rcio abre vagas principalmente para balconista, vendedor, degustador, demonstrador e repositor. Do total de vagas, a ind�stria vai absorver 60% da m�o de obra.
Estimativas da C�mara de Dirigentes Lojistas de Belo Horizonte (CDL-BH) apontam que este ano o com�rcio vai crescer entre 5% e 8% durante a P�scoa. J� a Associa��o Mineira dos Supermercados (Amis) informam que s� a venda de ovos de P�scoa e chocolates, deve avan�ar 10% em rela��o a 2011, no setor.

Sele��o
Segundo Jos� Carlos Teixeira, diretor regional da Asserttem em Minas, no pa�s o com�rcio vai gerar 28,5 mil vagas at� a segunda quinzena de mar�o, sendo que deste total pelo menos 23 mil est�o em pleno processo de sele��o. O especialista em mercado de trabalho e professor do Ibmec Jo�o Bonomo alerta que as vagas sazonais s�o oportunidade mesmo para aqueles que eventualmente n�o forem efetivados. “As empresas trabalham com bancos de dados curriculares para contrata��es posteriores.” O especialista tamb�m aponta que em �pocas de busca por profissionais com bom desempenho a idade n�o define quem ser� o dono da vaga, abrindo oportunidades para o primeiro emprego e para os mais velhos. “Para conquistar o emprego � preciso disposi��o e garra.”

Para driblar a falta de m�o de obra tanto o com�rcio quanto a ind�stria se dedicam a ensinar a profiss�o para os novos funcion�rios, que nem sempre se interessam pelo of�cio. “Est� dif�cil conseguir e manter a m�o de obra”, comenta Vanessa Maria Campos, s�cia-gerente da Maria Chocolate, h� 22 anos especializada na venda de mat�ria-prima para fabrica��o dos produtos artesanais. A empresa que tem 34 funcion�rios contratou um refor�o de cinco empregados para suprir o crescimento de 15% esperado para esta P�scoa.