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Estado de Minas

PF vai investigar irregularidades no concurso do Senado

Al�m da troca de provas para tr�s cargos, que foram anuladas, candidatos denunciam a falta de controle do uso de aparelhos eletr�nicos nas salas durante aplica��o dos testes


postado em 13/03/2012 11:03 / atualizado em 13/03/2012 11:26

Depois de dezenas de queixas registradas, a Pol�cia Federal decidiu investigar as irregularidades na aplica��o das provas do cobi�ad�ssimo concurso p�blico para o Senado, que oferece 246 vagas com sal�rios que v�o de R$ 13,8 mil a R$ 28,3 mil. No domingo, ap�s uma troca de provas em quatro salas da Faculdade de Ci�ncias Sociais e Tecnol�gicas (Facitec), em Taguatinga, a Funda��o Getulio Vargas (FGV) anulou as avalia��es para tr�s cargos: de analista legislativo, nas �reas de an�lise de sistemas e an�lise de suporte de sistemas, que oferecem sete e tr�s vagas respectivamente, e de t�cnico legislativo, na �rea de enfermagem, com cinco oportunidades.

Agora, 10.056 pessoas ter�o de refazer as provas de uma sele��o que j� come�ou marcada por pol�micas. Al�m de a FGV ter sido contratada sem licita��o para organizar o processo seletivo, a Comiss�o do Concurso P�blico do Senado Federal expulsou, no m�s passado, uma das suas integrantes, a servidora L�cia Maria Medeiros de Souza, ap�s verificar que ela estava inscrita para concorrer a uma das vagas de consultor legislativo.

Os problemas na aplica��o das provas v�o al�m da troca de cadernos. Ontem � tarde, tr�s candidatos foram � Pol�cia Federal denunciar a falta de controle do uso de equipamentos eletr�nicos. Ao longo do dia, foram divulgadas na internet fotos supostamente tiradas dentro das salas de aula durante a aplica��o dos exames. “N�o houve seguran�a. Apenas nos entregaram um saco para colocarmos os celulares. Se tivesse algu�m com ponto eletr�nico no ouvido, ningu�m reclamaria”, disse Felipe de Castilhos, 32 anos, candidato ao cargo de policial legislativo. Candidatos tamb�m reclamaram de erros de digita��o e de portugu�s na elabora��o das quest�es.

(foto: Ronaldo de Oliveira/cb/D.A/Press)
(foto: Ronaldo de Oliveira/cb/D.A/Press)
As queixas dos candidatos afetados pelas trocas das provas foram feitas na 21ª Delegacia de Pol�cia de Bras�lia. Mas a Pol�cia Civil alegou que, como o assunto n�o � de sua al�ada, encaminhou o caso para a Pol�cia Federal. Al�m de enfrentar todo esse desgaste, os candidatos continuam sem saber a nova data das avalia��es. No domingo, a FGV chegou a informar que os exames seriam feitos em 29 de abril, mas voltou atr�s em seguida. A data coincide com a segunda etapa da avalia��o de consultor legislativo do pr�prio Senado.

Responsabilidade

Em meio a tantas den�ncias, o Senado lavou as m�os. Procurado, o �rg�o informou ontem que os problemas ocorridos s�o de responsabilidade exclusiva da FGV. Ressaltou ainda que o apoio da PF � realiza��o do concurso j� havia sido pedido pela pr�pria casa legislativa, como forma de garantir a seguran�a e evitar tentativas de fraude. Em nota, o presidente da comiss�o do concurso, Davi Anjos Paiva, servidor do Senado, disse que encaminhou documento � FGV pedindo celeridade nas provid�ncias destinadas � reaplica��o das provas para analista e enfermeiro. “Esclarecemos a todos os candidatos das �reas que n�o foram afetadas que o calend�rio do concurso p�blico est� integralmente mantido”, disse. A FGV n�o se pronunciou sobre a nota do Senado.

A troca das provas foi descoberta quando candidatos para a �rea de an�lise de suporte de sistemas receberam caderno de provas referente ao da �rea de an�lise de sistemas. Constatada a falha, verificou-se que n�o havia material em n�mero suficiente para �rea que eles escolheram. O mesmo aconteceu com candidatos �s vagas de enfermagem.

Com exce��o das cerca de 300 pessoas das quatro salas da Facitec que tiveram os cadernos errados recolhidos e foram mandadas embora, os demais candidatos aos cargos cujas avalia��es foram anuladas continuaram respondendo as quest�es at� o fim sem saber que o teste havia sido invalidado. O analista de sistemas Elvis Teodoro s� soube da anula��o ap�s concluir a prova. “Isso � um absurdo. Eu me dediquei tr�s meses ao concurso, conciliando trabalho e estudo. Estou decepcionado. � humilhante”, desabafou. O servidor p�blico Guilherme Ferraz, 31 anos, tamb�m se sentiu prejudicado. “Fa�o concursos h� anos e n�o � a primeira vez que vejo uma prova ser anulada. J� percebi que o justo nem sempre � feito. Se disseram que v�o anular, n�o adianta esbravejar”, lamentou.

Envelope violado


Hugo Mesquita contou que a Polícia Federal chegou a levar o malote supostamente rompido(foto: Daniel Ferreira/CB/D.A/Press)
Hugo Mesquita contou que a Pol�cia Federal chegou a levar o malote supostamente rompido (foto: Daniel Ferreira/CB/D.A/Press)
A confus�o que obrigar� 10.056 candidatos a refazer as provas para tr�s cargos do Senado parece ter sido somente a primeira de muitas falhas do processo seletivo destinado a preencher 246 vagas de t�cnico, analista e consultor. Concorrentes ao posto de analista legislativo na especialidade de administra��o que fizeram os exames em uma sala da Faculdade de Ci�ncias Sociais e Tecnol�gicas (Facitec) afirmaram que, ao entrar na sala, perceberam que o malote de provas estava violado. Se comprovada, a irregularidade pode levar � anula��o do teste de 11.675 pessoas. � a mesma institui��o de ensino onde houve a troca dos cadernos de avalia��o dos inscritos para os cargos de analista na �rea de inform�tica e enfermeiro, em Taguatinga
De acordo com as queixas, uma abertura de aproximadamente 10cm na lateral do envelope teria sido feita com material cortante. “Da forma como foi feito, o corte n�o parecia ser em decorr�ncia do manuseio do malote. Foi feito com a ajuda de alguma ferramenta, como um estilete”, afirmou Ian Lopes, 24 anos, um dos candidatos.

Hugo Mesquita, 24 anos, relatou que a Pol�cia Federal chegou a levar o malote de provas violado e duas pessoas para prestar depoimento. “Depois de aproximadamente uma hora, nos deram provas e cart�es reservas. Precisamos preencher todos os dados manualmente. Durante toda a prova, foi gente indo e vindo da sala, falando, dando informa��o, al�m de agentes da PF batendo fotos”, disse. Mesquita observou ainda que os candidatos tiveram uma hora a mais para concluir as avalia��es. Por telefone, a Funda��o Getulio Vargas (FGV), organizadora do concurso, garantiu que n�o houve qualquer viola��o do saco pl�stico. “A pr�pria PF foi chamada e garantiu que n�o houve vazamento de informa��es”, afirmou. (CB)

Errata logo no in�cio
Candidatos ao cargo de t�cnico legislativo na �rea de apoio t�cnico ao processo industrial gr�fico que fizeram provas em uma sala das Faculdades Planalto (Iesplan), na Asa Sul, denunciaram que os fiscais entregaram uma errata antes de a sirene tocar. Dessa forma, muitos concorrentes teriam aberto os cadernos para conferir a corre��o antes dos que estavam em outras salas, o que feriria o princ�pio da isonomia. Eles reclamaram ainda que, logo ap�s o in�cio das provas, o celular de um dos fiscais tocou dentro de sala de aula. “Percebi um certo amadorismo na realiza��o das provas. � uma falta de respeito. Investimos muito tempo e dinheiro para estudar e fazer o concurso”, disse a designer gr�fica Virg�nia Soares, 28 anos. A Funda��o Getulio Vargas (FGV) se limitou a dizer que a den�ncia n�o procede.


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