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Estado de Minas

PIB dos 20 pa�ses mais ricos desacelera com turbul�ncias na Zona do Euro e cresce s� 2,8%

Com economia desaquecida, Brasil cai de 5� para 9� no ranking do crescimento


postado em 15/03/2012 06:00 / atualizado em 15/03/2012 06:41

Balde de �gua fria nas expectativas globais, as 20 principais economias do planeta cresceram, em 2011, menos que a m�dia geral prevista e bem menos que no ano anterior. A varia��o do Produto Interno Bruto (PIB) do G-20 (grupo de pa�ses industrializados e economias emergentes), em 2011, foi de 2,8%, depois dos 5% registrados em 2010. Os n�meros, divulgados nessa quarta-feira pela Organiza��o para Coopera��o e Desenvolvimento Econ�mico (OCDE), indicam que o crescimento foi abaixo da m�dia global estimada, deixando longe a esperan�a de crescimento de 3,7% do PIB mundial no ano passado. A participa��o do Brasil nessa conversa foi bem menos expressiva que no ano anterior: no ranking das taxas de crescimento, o pa�s caiu da 5ª posi��o em 2010 para 9ª em 2011.

Se antes o PIB do Brasil ajudava a elevar a moral da m�dia do G-20, registrando 7,5% de varia��o em 2010 (e o grupo em 5%), agora patina pouco abaixo da m�dia, em 2,7%. “O pa�s n�o teve a participa��o positiva que tinha antes, perdemos posi��o relativa na taxa de crescimento, tivemos contribui��o menor, mas ainda assim caminhamos para a frente”, avalia M�rcio Salvato, do Ibmec. “� alerta para que o Brasil n�o imagine que tem consolidada a posi��o de grande aposta internacional. Medidas s�o necess�rias para manter o crescimento em taxas interessantes”, destaca Paulo Vieira, das Faculdades Novos Horizontes.

Enquanto isso, a recupera��o dos Estados Unidos, principal economia do mundo, foi definida pelo pr�prio presidente do Federal Reserve, o banco central americano, Ben Bernanke, como “frustrantemente lenta at� agora”. “O problema � que eles ainda respondem por um quarto do PIB mundial, e os �ltimos indicadores econ�micos considerados positivos n�o s�o substanciais a ponto de indicar tend�ncia de recupera��o sustent�vel”, segundo Vieira. O PIB dos EUA variou 3% em 2010, depois do turbulento 2009 de -3,5% e desacelerou para 1,7% em 2011.

O temor que em da China

Se os empregos, a ind�stria e a produ��o na terra do Tio Sam ainda n�o convenceram, a desacelera��o chinesa � a que mais assusta, mesmo o pa�s se mantendo no topo do ranking de varia��o. A China voltou ao seu patamar de crescimento de 2009, com 9,2% em 2011, ante os 10,4% de 2010. Uma tremidinha na economia da muralha abala as estruturas do resto do mundo, segundo Salvato: “O problema � que a balan�a comercial chinesa apresentou d�ficit, depois de um hist�rico de super�vits. A perspectiva � que o governo tome medidas para conter as importa��es. Se o maior comprador do planeta parar de comprar, o mundo inteiro sofre com isso. Inclusive o Brasil, cuja balan�a comercial depende das exporta��es de comodities para aquele pa�s”.

E a Europa d� os primeiros ind�cios de que a contamina��o da situa��o grega n�o ser� mesmo previs�o de pessimistas. Pela primeira vez em um per�odo de tr�s meses, desde o segundo trimestre de 2009, a Uni�o Europeia apresentou retra��o no PIB, marcando queda de 0,3%, no fim de 2011. No ano, o PIB da UE variou 1,5%. “O efeito Gr�cia chegou ao lado real da economia. Para resolver o problema da d�vida p�blica evitando o calote, as economias de pa�ses como Gr�cia, Espanha e Portugal, os mais endividados, v�o desaquecer ainda mais em 2012”, diz o professor do Ibmec. Segundo Salvato, o ajuste fiscal apertado desses pa�ses deve levar � retra��o na economia dessas na��es e press�o para baixo na varia��o do PIB do grupo europeu, que, com sorte, deve fechar 2012 estagnado. (Com ag�ncias)

 

Ind�stria corta empregos

 

Em marcha lenta, a ind�stria brasileira perde f�lego nas contrata��es, com o mau desempenho das f�bricas. O emprego no setor caiu 0,3% em janeiro, frente a dezembro, e 0,5% na compara��o com o mesmo m�s de 2011, informou, nessa quarta-feira, o Instituto Brasileiro de Geografia e Estat�stica (IBGE). Ainda a salvo de um movimento que acompanha a retra��o da produ��o, o quadro de pessoal empregado na ind�stria de Minas Gerais seguiu com crescimento de 2,5% no m�s passado, ante janeiro de 2011, mas no acumulado dos �ltimos 12 meses mostra persistente recuo. A varia��o positiva de 2,7% nessa base de compara��o vem diminuindo desde maio de 2011, comportamento semelhante ao do n�mero de horas pagas, que cresceu 2,6% no per�odo, �ndice em baixa h� cinco meses.

O valor da folha real de sal�rios pagos pela ind�stria brasileira, descontada a infla��o, aumentou 5,1%, em decorr�ncia das gratifica��es t�picas de janeiro, notadamente as antecipa��es de f�rias e participa��es dos empregados nos resultados das empresas. O melhor que se pode esperar do setor � a estabilidade do emprego, segundo o presidente da Comiss�o de Rela��es do Trabalho da Federa��o das Ind�strias de Minas Gerais (Fiemg), Osmani Teixeira de Abreu. “A desacelera��o vai continuar por mais um ou dois meses. Esperamos que as medidas prometidas pelo governo (para reanimar a economia) sejam realmente adotadas”, disse.

Em Minas, o emprego nas f�bricas contribuiu para segurar a queda na ind�stria brasileira. Ante janeiro de 2011, a evolu��o do pessoal ocupado no setor no estado foi destaque nos segmentos de alimentos e bebidas, com taxa de 4,4%; metalurgia b�sica, 7,4%; meios de transporte – grupo que re�ne a cadeia de produ��o de autom�veis –, 4% e a ind�stria extrativa, 5,1%.

Os n�meros do emprego no pa�s s�o preocupantes para Jo�o Alves de Almeida, presidente do Sindicato dos Metal�rgicos de Betim, Igarap� e S�o Joquim de Bicas, “As medidas do governo para estimular as empresas deviam ser mais ousadas. Quando a ind�stria se retrai, o mercado formal de trabalho se ressente muito (o setor � tradicionalmente considerado o melhor empregador, do ponto de vista de registro e benef�cios sociais concedidos aos seus empregados)”, afirma o sindicalista. O economista Rodrigo Lobo, do IBGE, disse que de frente para os n�meros da produ��o, o comportamento do emprego e das horas pagas n�o � algo que possa provocar surpresas. 


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