(none) || (none)
UAI
Publicidade

Estado de Minas

Fabricante Boeing em fase de aproxima��o com empresas mineiras


postado em 20/03/2012 06:00 / atualizado em 20/03/2012 07:31

Entre as concorrentes na licita��o de pelo menos US$ 4 bilh�es do programa FX-2, do Minist�rio da Defesa, a gigante americana Boeing – fabricante do F-18 Super Hornet – inicia nesta ter�a-feira a prospe��o de empresas mineiras para integrar a cadeia de mais de 22 mil fornecedores em todo o mundo. At� quinta-feira, uma equipe de nove profissionais da fabricante de aeronaves vai visitar 12 empresas mapeadas previamente pela Federa��o das Ind�strias de Minas Gerais (Fiemg) na Regi�o Metropolitana de Belo Horizonte e em Santa Rita do Sapuca�, no Sul do estado.

“S�o principalmente empresas do setor metalmec�nico e algumas na �rea de materiais”, afirma o superintendente de desenvolvimento empresarial da Fiemg, S�rgio Louren�o. Durante encontro com o empresariado mineiro realizado nessa segunda-feira na sede da federa��o, a Boeing apresentou seu interesse em firmar parcerias locais. “O nosso foco est� na identifica��o de oportunidades e verifica��o de compet�ncias como forma de integrar a ind�stria brasileira � cadeia de fornecedores de suprimentos”, afirmou o gerente de desenvolvimento da multinacional, Brian Beyrouty.

A licita��o do governo brasileiro prev� a compra de 36 ca�as para renova��o da frota da For�a A�rea Brasileira (FAB). Entre as exig�ncias que as concorrentes devem atender est� a manuten��o de conte�do nacional dos ca�as e transfer�ncia de tecnologia. Por isso a import�ncia de buscar empresas brasileiras com potencial para atender a demanda. “As fabricantes precisam ter um trabalho pr�ativo de mapeamento como forma de fortalecer sua posi��o no processo de negocia��o com o governo”, pondera Louren�o.

(foto: Reuters)
(foto: Reuters)
Foi exatamente o que o cons�rcio Rafale International, formado pelas companhias francesas Dassault Aviation, Thales e Snecma, fez h� quase um ano, quando assinou acordos com empresas mineiras e com a Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG) para o treinamento de pessoal e transfer�ncia de tecnologia aeron�utica. A disputa ainda inclui a Sueca Saab, fabricante do Gripen NG.

Infraestrutura Durante o encontro, o governo mineiro foi convidado para apresentar aos executivos da Boeing a infraestrutura que ser� constru�da no Vetor Norte da capital nos pr�ximos 30 anos, al�m do potencial econ�mico da regi�o. “Infraestrutura e pol�tica de desenvolvimento do setor s�o fundamentais, caso contr�rio, s� a iniciativa privada n�o mobiliza esse processo e n�o cria esse ambiente de neg�cio”, pondera Louren�o.

Na ocasi�o, o superintendente de projetos especiais da Secretaria de Estado de Desenvolvimento Econ�mico (Sede), Danilo Colares, apresentou o projeto de expans�o do Aeroporto Internacional Tancredo Neves, em Confins, e de instala��o do centro de tecnologia e capacita��o aeroespacial, em Lagoa Santa. “� uma rela��o (com a Boeing) que tende a se consolidar. Temos muita esperan�a em firmar parceria com a empresa”, afirma Danilo. A estimativa � de que a regi�o receba investimentos de US$ 32 bilh�es at� 2040.

 

Importado prejudica ind�stria

 

Bras�lia – Os produtos importados tomaram conta das prateleiras do pa�s. Pelas estimativas da Confedera��o Nacional da Ind�stria (CNI), um em cada cinco bens consumidos no Brasil vem de fora. Em alguns setores, a propor��o � maior. No segmento de inform�tica e eletr�nicos, por exemplo, para cada dois produtos, um � fabricado no exterior. O volume de insumos estrangeiros utilizados pelas f�bricas nacionais tamb�m � elevado. Em 2011, corresponderam a 21,7% dos componentes — um recorde. At� mesmo os t�xteis, um dos segmentos mais abatidos pela concorr�ncia internacional, dependem da importa��o para se manter no mercado. O setor trouxe de fora 28,5% dos insumos usados na produ��o. Na ind�stria cal�adista, o ingresso de importados tamb�m j� � alarmante: atingiu a marca de 42,6%.

Para o setor fabril, esses n�meros evidenciam o avan�o da desindustrializa��o no pa�s. Mais que isso, sintetizam os efeitos do chamado custo Brasil (carga tribut�ria exagerada, log�stica e transporte deficientes e juros reais ainda elevad�ssimos), que, ao lado do d�lar desvalorizado frente ao real, vem dilapidando o crescimento da ind�stria e prolongando a crise do setor. Pelos dados da CNI, 10 segmentos industriais carregam uma balan�a comercial deficit�ria. Ou seja, o custo com os insumos importados supera a receita com exporta��es. Em 2005, esse cen�rio se resumia a cinco �reas.

“Esses n�meros mostram que a ind�stria manufatureira est� se transformando em importadora”, lamentou Fl�vio Castelo Branco, gerente executivo da CNI. “Se nada for feito para atenuar os custos sist�micos, o quadro deve se agravar, com o crescimento da economia (Produto Interno Bruto – PIB) sendo limitado pelo baixo desempenho da ind�stria neste ano”, alertou. Apenas entre 2009 e 2011, a participa��o de produtos estrangeiros no consumo cresceu 3,2 pontos percentuais.

F�bio Gallo Garcia, professor de economia da Pontif�cia Universidade Cat�lica de S�o Paulo (PUC-SP), explica que, em fun��o do custo Brasil, os empres�rios est�o montando opera��es baseadas na importa��o. A seu ver, eles se transformaram em montadores de produtos, trazendo tudo de fora e sem desenvolver tecnologia. “A culpa n�o � apenas do industrial, que est� acostumado a ver o governo resolver seus problemas. O poder p�blico tamb�m tem parcela de culpa ao impor tantas barreiras ao setor produtivo”, disse.


receba nossa newsletter

Comece o dia com as not�cias selecionadas pelo nosso editor

Cadastro realizado com sucesso!

*Para comentar, fa�a seu login ou assine

Publicidade

(none) || (none)