FMI adverte sobre risco de escalada de pre�os do petr�leo devido � crise iraniana

Os pre�os dos contratos futuros de petr�leo subiriam entre 20% e 30% caso houvesse uma interrup��o das exporta��es de petr�leo iraniano, o que abalaria a economia mundial, em um momento no qual "o mundo tem se afastado lentamente do abismo", advertiu nesta ter�a-feira a diretora-gerente do Fundo Monet�rio Internacional (FMI), Christine Lagarde.

"Haveria claramente um impacto para as economias se houvesse uma interrup��o das exporta��es de petr�leo iraniano. Sem d�vida, isso provocaria uma alta por um tempo, o que traria consequ�ncias s�rias para a economia mundial", disse a diretora durante uma coletiva de imprensa em Nova D�lhi, onde realiza uma visita oficial.

O FMI estima que uma suspens�o das exporta��es de petr�leo iraniano poderia elevar os pre�os entre 20 e 30% enquanto os pa�ses dependentes do petr�leo iraniano n�o encontrassem outras fontes de abastecimento.

Teer�, acusada pelos ocidentais de querer construir uma bomba at�mica e submetida a san��es, amea�ou no final de dezembro fechar o Estreito de Ormuz, pelo qual transita 35% do petr�leo transportado via mar�tima do mundo.

Ao mesmo tempo, o FMI considera que apesar da persist�ncia de fragilidades que continuam afetando o sistema financeiro mundial, a situa��o financeira n�o � t�o preocupante agora como no in�cio do ano.

"N�s nos afastamos do abismo perto do qual est�vamos h� tr�s meses", afirmou, em coletiva de imprensa, antes de ressaltar que as medidas adotadas pelo Banco Central Europeu e os pa�ses da Uni�o Europeia para ajudar a estabilizar a situa��o econ�mica mundial.

Segundo o Fundo, no entanto, h� ainda zonas vulner�veis que precisam ser recuperadas com vigor, como uma sa�de melhor para as institui��es financeiras.

"As institui��es financeiras foram agentes muito contagiosos nesta crise. Isso demonstra que � preciso se concentrar nas reformas. As institui��es financeiras devem ser agentes de crescimento e n�o amea�as para o crescimento", afirmou Lagarde.

A autoridade m�xima do FMI defendeu essas teses em Pequim, em um F�rum que reuniu empres�rios e pesquisadores de todo o mundo, assim como dirigentes chineses.

Quanto � �ndia, a terceira pot�ncia econ�mica da �sia, a chefe do FMI pediu que o governo insista no desenvolvimento das infraestruturas como portos e aeroportos e reduzam o d�ficit or�ament�rio.