O ministro das Comunica��es, Paulo Bernando, disse hoje que as empresas vencedoras do leil�o das faixas de frequ�ncias para a quarta gera��o de telefonia celular (4G), previsto para junho, ser�o obrigadas a expandir a cobertura da terceira gera��o (3G) nas cidades de m�dio e pequeno portes, que ainda n�o contam com a tecnologia m�vel.
“O leil�o da 4G � importante porque o Brasil tem que estar alinhado com as principais tecnologias mundiais. Mas, no edital, estar� prevista a obrigatoriedade de os vencedores do leil�o [da 4G] darem continuidade � implementa��o da 3G nas cidades do interior”, assegurou o ministro.
Atualmente, a terceira gera��o da telefobia celular est� presente em 3 mil munic�pios. Mas, segundo Paulo Bernardo, a 3G ainda n�o foi implantada em todo o pa�s, como o governo pretendia, apesar dos investimentos feitos pelas operadoras. “� poss�vel que as empresas n�o tenham alcan�ado o retorno que esperavam”, avaliou o ministro.
O ministro das Comunica��es reconhece a principal cr�tica feita � tecnologia 3G, que � lentid�o na conex�o. Para Paulo Bernardo, o problema � resultado de uma conta desequilibrada entre os investimentos feitos pelas empresas e o volume de clientes. “As empresas venderam muito. Estimaram 500 usu�rios e venderam [os servi�os] para mil. Essa sobrecarga vai ter que ser vencida com investimentos”, sentenciou o ministro.
Na opini�o de Paulo Bernardo, a baixa qualidade dos servi�os tamb�m afeta outros segmentos das telecomunica��es no pa�s. Al�m da falta de planejamento no balan�o entre servi�os prestados e investimentos na rede, h� um clima, segundo ele, de “acomodamento” das empresas.
Ele aproveitou para criticar as operadoras de telefonia fixa, que est�o perdendo clientela ao longo dos �ltimos anos. “Se eu perdesse 1,5 milh�o de clientes em um ano [resultado das concession�rias de telefonia fixa em 2011], eu acordaria no meio da noite para pensar no que fazer”, disse Paulo Bernardo. De acordo com o ministro, as concession�rias n�o est�o perdendo mercado para a telefonia celular, mas para as pr�prias concorrentes do segmento de telefonia fixa. "O pa�s n�o experimentou uma queda do segmento [de telefonia fixa], mas � preciso repensar o servi�o", disse o ministro, se referindo n�o s� � qualidade, mas tamb�m aos pre�os cobrados.