Mercado livre de Energia avan�a no pa�s

A fatia da energia comercializada no mercado livre no pa�s, aquele destinado a grandes consumidores, com demanda acima de 3 megawatts (MW) para energia convencional e acima de 0,5 MW para fontes incentivadas, cresceu de 3% em 2003 para 28% em 2012. No ambiente livre, o custo da energia contratada pelas empresas fica entre 10% e 15% menor do que no mercado regulado. Essa economia na conta de energia foi respons�vel pelo aumento de 833% na demanda no ambiente de comercializa��o livre, o que segundo agentes do setor deixa esse canal praticamente saturado.

O Balc�o Brasileiro de Comercializa��o de Energia (BBCE), que entrou em opera��o em 1º de mar�o, � um exemplo do potencial de comercializa��o de energia no ambiente livre. Em 15 dias, a empresa bateu as metas previstas para o m�s, chegando a 200 MW m�dios. "Devemos chegar ao fim do m�s com 400 MW m�dios. O objetivo � chegar ao fim do ano com 1.500 MW a 2.000 MW m�dios comercializados", comemora Fl�vio Cotellesa, principal executivo da empresa.

Diante do aumento da demanda, empres�rios do setor de livre comercializa��o de energia defendem a mudan�a nas regras do jogo com o objetivo de ampliar a participa��o dos consumidores nesse tipo de contrata��o. No limite, segundo eles, n�o s� as grandes empresas, mas os consumidores residenciais, deveriam poder comprar energia de forma livre, como j� acontece na Europa. "A comercializa��o de energia no mercado livre ajuda a controlar a infla��o e aumenta a competitividade das empresas", diz Reginaldo Medeiros, presidente da Associa��o Brasileira dos Comercializadores de Energia El�trica (Abraceel). "Gastando menos (dinheiro) com energia, as empresas ficam mais competitivas", observa Walter Froes, diretor da CMU, comercializadora de energia.