O presidente da Federa��o das Ind�strias do Estado de S�o Paulo (Fiesp), Paulo Skaf, disse h� pouco que receber� o ministro da Fazenda, Guido Mantega, em reuni�o na pr�xima segunda-feira, em S�o Paulo, para detalhar novas medidas a serem anunciadas pelo governo nos pr�ximos dias. Segundo ele, a presidente Dilma Rousseff determinou ao ministro Mantega que preparasse medidas de incentivo � ind�stria para ela anunciar na volta da viagem � �ndia, prevista para a semana que vem.
Para Skaf, a reuni�o com a presidente Dilma e v�rios empres�rios teve como saldo positivo o fato de o governo ter sido convencido de que h� um problema s�rio localizado no desempenho da ind�stria de transforma��o.
"A presidente se convenceu que tem um filho enfermo, que � a ind�stria de transforma��o", disse Skaf, ao deixar o Pal�cio do Planalto. Segundo o presidente da Fiesp, esse segmento da ind�stria cresceu apenas 0,1% no ano passado, enquanto a ind�stria como todo registrou expans�o de 1,6%.
Ele acrescentou que outros setores, como o financeiro, as empreiteiras e a minera��o, v�o bem. Por�m, � na ind�stria de transforma��o que est�o os melhores empregos e � tamb�m esse segmento o respons�vel pelo recolhimento de 37% do bolo de impostos do Pa�s.
Skaf comentou que a decis�o do governo de desonerar a folha de alguns setores � boa, por�m n�o � poss�vel que a tributa��o seja transferida para o faturamento. "Tira os 20% da folha e n�o compensa em lugar nenhum", sugeriu.
Ele comentou ainda que h� um problema no c�mbio, pois a atual taxa de R$ 1,80 � a mesma do ano 2000, por�m, destacou, nos �ltimos 12 anos, ocorreu uma infla��o de 112%. "Portanto, h� uma distor��o". Skaf sugere que o Reintegra, programa que devolve aos exportadores 3% do valor exportado, seja elevado para compensar parcialmente esses problemas do c�mbio. Ele pediu tamb�m mais agilidade na �rea de defesa comercial e a redu��o dos juros e do spread banc�rio.
Na avalia��o de Skaf, a conversa com a presidente Dilma foi muito positiva, pois ela deu oportunidade a todos os empres�rios de falar e apresentar cr�ticas e sugest�es. Segundo o empres�rio o ministro Guido Mantega e o ministro do Desenvolvimento, Ind�stria e Com�rcio Exterior, Fernando Pimentel, tiveram apenas cinco minutos para falar cada um, enquanto os empres�rios puderam falar pelo tempo que consideraram necess�rio. Essa mesma impress�o foi transmitida pelo presidente do Ita� Unibanco, Roberto Set�bal. Segundo ele, a presidente Dilma "mais ouviu do que falou".