D�ficit � financiado pelo fluxo de IED, diz BC

O chefe do Departamento Econ�mico (Depec) do Banco Central, Tulio Maciel, disse hoje que o d�ficit em transa��es correntes segue sendo financiado "em condi��es favor�veis" por um fluxo de Investimento Estrangeiro Direto (IED), que se mant�m com volumes expressivos.

Em mar�o, at� o �ltimo dia 21, entraram mais US$ 3,1 bilh�es em IED. A previs�o � fechar o m�s com ingresso de US$ 4 bilh�es em recursos produtivos vindos do exterior. Com isso, o resultado do primeiro trimestre ficar� positivo em torno de US$ 13 bilh�es, abaixo dos cerca de US$ 16 bilh�es do mesmo per�odo do ano passado, mas ainda assim "um fluxo bastante expressivo", na opini�o de Maciel.

Balan�a comercial

O super�vit na balan�a comercial respondeu pela maior parte da queda no d�ficit das transa��es correntes, que passou de US$ 7 086 bilh�es em janeiro para US$ 1,766 bilh�o em fevereiro. O resultado, segundo Maciel, ficou mais "pr�ximo da normalidade". Contribuiu para isso, tamb�m, um fluxo de lucros e dividendos "bem mais moderado".

O chefe do Depec explicou ainda que os dados do primeiro bimestre de 2012, somados ao resultado parcial de mar�o, mostram um desempenho mais fraco da balan�a comercial e tamb�m um aumento no d�ficit na conta de servi�os, que foi o pior para o m�s da s�rie hist�rica, de US$ 2,769 bilh�es. Boa parte desse valor recorde foi atribu�do pelo t�cnico ao aumento do gasto com o aluguel de equipamentos, que somou saldo negativo de US$ 1,193 bilh�o no m�s passado.

"A tend�ncia tem mostrado crescimento (da despesa) a um ritmo de 20% ao ano. Isso � resultado dos investimentos em setores como o de extra��o mineral", disse Maciel, ao comentar grandes projetos como os de explora��o de petr�leo no pr�-sal.

Em fevereiro, a conta de servi�os tamb�m foi influenciada pelo aumento de 31% no m�s das despesas de brasileiros no exterior, para US$ 1,746 bilh�o. Segundo ele, o salto � explicado pelo carnaval que, em 2012, foi em fevereiro. Em 2011, o feriado havia sido em mar�o.