A conta de luz do consumidor residencial no Brasil � a sexta mais cara entre os principais pa�ses do mundo. Estudo da Associa��o Brasileira dos Distribuidores de Energia El�trica (Abradee), que compara as tarifas m�dias de energia praticadas em 19 pa�ses a partir de dados da Eurostat – cruzados com informa��es do Fundo Monet�rio Internacional (FMI) –, mostra que, em centavos de d�lares por quilowatt/hora, a conta de energia no pa�s, incluindo os impostos, � mais cara do que no Chile, Holanda, Portugal, Espanha, Reino Unido, Estados Unidos e Argentina, entre outras na��es. Por outro lado, a tarifa brasileira � mais barata do que na Dinamarca, Alemanha, Noruega, It�lia e Su�cia.
E a conta vai ficar ainda mais salgada, embora a expectativa seja de um reajuste menor do que o de 2011. A temporada de reajustes na tarifa de energia no Brasil para o ano de 2012 j� foi aberta pela Ag�ncia Nacional de Energia El�trica (Aneel). A Cemig, que ter� sua tarifa reajustada em 09 de abril, pediu corre��o m�dia de 3,05%. No ano passado, a estatal mineira solicitou 8,8% de reajuste m�dio. O pleito em 2012 � menos da metade do reajuste m�dio da conta de luz autorizado no ano passado pela Aneel, fechado em 7,24%. “Um dos fatores que contribuiu para que a necessidade de reajuste tarif�rio (da Cemig) diminu�sse em compara��o com 2011 foi a valoriza��o do real frente ao d�lar, j� que 30% da energia comprada pela concession�ria vem de Itaipu, com pre�os em d�lares”, explica Ros�ngela Ribeiro, analista de investimentos da Fudamental Assessoria.
Retirando os impostos e encargos que incidem sobre a conta de energia, a posi��o brasileira no ranking das tarifas mais caras cai para o d�cimo lugar. Ao todo, de acordo com N�lson Fonseca Leite, presidente da Abradee, cerca de 45% do valor que o consumidor paga em sua fatura de energia s�o impostos e encargos. “O Brasil tem a terceira maior carga tribut�ria do mundo sobre a energia el�trica”, diz. De acordo com a Confedera��o Nacional das Ind�strias (CNI), apesar da elevada base hidr�ulica – 84% da oferta interna de eletricidade – a energia el�trica deixou de ser uma vantagem competitiva do setor produtivo no Brasil. Entre 2001 e 2010, enquanto os pre�os industriais (medido pelo IPA-Ind�stria Geral) cresceram 119%, a tarifa de energia para a ind�stria cresceu 190%.
Em 2008, segundo o estudo da CNI, para um grupo de 28 pa�ses, o pre�o da eletricidade para a ind�stria brasileira s� era inferior ao vigente na It�lia. “A tarifa brasileira � tr�s vezes superior � cobrada na Fran�a e no Canad�, e o dobro das tarifas da Alemanha, Cor�ia do Sul e Estados Unidos. Dentre os BRIC (Brasil, R�ssia, �ndia e China) o Brasil tem a maior tarifa de energia”, diz a entidade.