A economia da Espanha continuou em queda no primeiro trimestre de 2012, ap�s uma contra��o de 0,3% nos �ltimos tr�s meses de 2011, anunciou nesta ter�a-feira o Banco da Espanha, confirmando assim que o pa�s est� em recess�o, dois anos depois de ter superado uma situa��o parecida.
"A informa��o mais recente referente ao in�cio de 2012 confirma a prolonga��o da din�mica de contra��o do Produto Interno Bruto (PIB) no primeiro trimestre do ano", afirma o Banco da Espanha em seu boletim mensal.
Esta contra��o da economia espanhola, que havia sido antecipada pelo governo e pelos analistas, foi provocada principalmente pela redu��o do consumo, cujos indicadores "retrocederam em janeiro e fevereiro aos n�veis de 2010", destaca o banco central.
Ap�s um fraco crescimento de 0,7% do PIB em 2011, o governo espanhol prev� uma contra��o de 1,7% para o conjunto de 2012, com dois trimestres consecutivos de queda no in�cio do ano, depois de um quarto trimestre de 2011 negativo.
A entrada de um pa�s em recess�o � caracterizada por dois trimestres consecutivos de crescimento negativo, explicam os economistas.
Tamb�m nesta ter�a-feira, o Tesouro espanhol emitiu t�tulos a tr�s e seis meses por 2,579 bilh�es de euros.
Na opera��o a tr�s meses, o pa�s captou 1,499 bilh�o de euros, com taxa de juros de 0,381% (0,396% na emiss�o de 21 de fevereiro), enquanto a opera��o a seis meses captou 1,08 bilh�o de euros, com juros de 0,836% (0,764% m�s passado).
Segundo o Banco da Espanha, esta nova contra��o da atividade se deve principalmente a uma queda do consumo privado, cujos indicadores "retrocederam em janeiro e fevereiro a n�veis de 2010".
O governo de Rajoy havia previsto que apesar das recentes reformas, entre elas a do mercado de trabalho, o desemprego continuar� aumentando em 2012, alcan�ando 23,4%, ap�s encerrar 2011 em 22,85%.
Essa tend�ncia que tamb�m foi confirmada neta ter�a-feira pelo Banco da Espanha.
"Pelo conjunto do mercado de trabalho, a intensifica��o da destrui��o do emprego observada no quarto trimestre de 2011 tem se prolongado nos �ltimos meses", afirmou em seu boletim.
Nesse contexto, o executivo espanhol fixou a dif�cil meta de reduzir seu d�ficit p�blico a 5,3% do PIB este ano - ap�s registrar 8,51% em 2011 - e 3% em 2013, algo que muitos economistas julgam pouco realista e sobre o que v�rios respons�veis europeus expressaram preocupa��o nos �ltimos dias.
Rajoy, que tenta tranquilizar a seus s�cios europeus e aos mercados assegurando que o pa�s respeitar� seus objetivos, deve apresentar nesta sexta-feira um or�amento para 2012 que conter� importantes medidas de austeridade.
Duas semanas depois de chegar ao poder, o novo governo anunciou cortes or�ament�rios de 8,900 bilh�es de euros e altas de impostos por 6,300 bilh�es. Contudo, essas medidas t�m sido consideradas insuficientes e, segunda a ag�ncia Moody's, o pa�s precisar� de mais 41,5 bilh�es de euros.
O descontentamento social cresce ao mesmo ritmo de aumento da d�vida do pa�s, que, na quinta-feira, viver� uma nova greve geral, a sexta desde o fim da ditadura franquista em 1975, e a segunda em menos de dois anos, contra a reforma do mercado de trabalho, que � rejeitada pelos sindicatos por baratear as demiss�es para as empresas.