Brasil crescer� menos que o esperado pelo governo

O Pa�s vai crescer este ano menos que o esperado pela equipe econ�mica. Isso � o que mostra o Relat�rio Trimestral de Infla��o (RTI) divulgado nesta quinta-feira pelo Banco Central (BC). A autoridade monet�ria manteve a proje��o de crescimento de 3,5% do Produto Interno Bruto (PIB) em 2012 - a mesma estimativa divulgada no relat�rio de dezembro.

A proje��o mostra que ser� mais dif�cil para equipe econ�mica alcan�ar a meta de crescimento de pelo menos 4% desejada pela presidente Dilma Rousseff. O ministro da Fazenda, Guido Mantega, tem prometido um crescimento ainda maior, de 4,5%. Para atingi-lo, planeja lan�ar na semana que vem novas medidas econ�micas. Para o BC, por�m, o crescimento de 3,5% � compat�vel com o equil�brio interno e externo e consistente com o cen�rio de converg�ncia da infla��o para a meta de 2012, de 4,5%.

Infla��o

O BC j� projeta a infla��o para abaixo do centro da meta no fim deste ano. Pelos dados do Relat�rio Trimestral de Infla��o, o �ndice Nacional de Pre�os ao Consumidor Amplo (IPCA) pelo cen�rio de refer�ncia fechar� 2012 em 4,4%. O documento mostra um recuo de 0,3 ponto porcentual na proje��o do IPCA para este ano, j� que a estimativa anterior era de 4,7%. A meta de infla��o fixada pelo Conselho Monet�rio Nacional (CMN) � de 4 5%.

Pelo cen�rio de refer�ncia, a proje��o para infla��o acumulada em 12 meses se posiciona acima do valor central de 4,5% ao longo do primeiro semestre de 2012, deslocando-se em dire��o � trajet�ria da meta nos dois trimestres seguintes. A infla��o acumulada em 12 meses parte de 5,5% no primeiro trimestre de 2012, reduz-se para 5,0% no segundo e para 4,4% no terceiro, encerrando o ano neste patamar, conforme o BC.

As proje��es anteriores eram de 5,9% (primeiro trimestre), 5,5% (segundo trimestre) e 4,7% (terceiro e quarto trimestres). Os dados do BC levam em conta todo o conjunto de informa��es dispon�veis at� 9 de mar�o de 2012 (data de corte).

O cen�rio de refer�ncia pressup�e manuten��o da taxa de c�mbio de R$ 1,75 e taxa Selic de 9,75% constantes no horizonte de previs�o. No relat�rio anterior, de dezembro, a taxa de c�mbio era de R$ 1,80 e a Selic, de 11,00%.