Infla��o est� em processo de redu��o e tende a ser "marcadamente mais baixa", diz BC

A infla��o est� em processo de redu��o e tende a ser marcadamente mais baixa do que a passada, avalia o Banco Central (BC), no Relat�rio de Infla��o, divulgado hoje (29). A infla��o oficial do pa�s, medida pelo �ndice Nacional de Pre�os ao Consumidor Amplo (IPCA), fechou 2011 em 6,5%, no teto da meta para o ano. Para 2012, a previs�o do BC � que a infla��o encerre o per�odo em 4,4%, portanto, abaixo do centro da meta de 4,5%.

Na avalia��o, entretanto, o BC destaca que um risco importante para a infla��o no pa�s vem do mercado de trabalho. “O risco para a din�mica dos pre�os reside na possibilidade de as negocia��es salariais atribu�rem peso excessivo � infla��o passada, em detrimento da infla��o futura, a qual, cabe notar, est� em processo de redu��o e tende a ser marcadamente menor do que a infla��o passada”.

O BC tamb�m teme que “o aquecimento no mercado de trabalho leve � concess�o de aumentos reais dos sal�rios em n�veis n�o compat�veis com o crescimento da produtividade”. O Banco Central destacou ainda que o aumento recente do sal�rio m�nimo impacta direta e indiretamente “a din�mica de outros sal�rios e dos pre�os ao consumidor”

Os mecanismos de indexa��o s�o outro risco no mercado interno. “O Copom [Comit� de Pol�tica Monet�ria do Banco Central] entende que h� resist�ncias importantes � queda da infla��o no Brasil. Existem mecanismos regulares e quase autom�ticos de reajuste”. Segundo o BC, “mecanismos de indexa��o de pre�os, mesmo que informais, reduzem a sensibilidade da infla��o �s flutua��es da demanda [procura por bens e servi�os]”.

Quanto ao cen�rio internacional, de crise, o Banco Central considera que “continua a manifestar vi�s desinflacion�rio no horizonte relevante”.