Espanha apresenta or�amento austero sob vigil�ncia de uma Europa preocupada

Um dia depois de uma greve geral que levou �s ruas milhares de manifestantes, o governo espanhol apresenta nesta sexta-feira seu or�amento para 2012, que se anuncia como o mais austero da hist�ria de um pa�s que causa grande preocupa��o a seus s�cios europeus.

A miss�o do governo � clara: reduzir em doze meses o d�ficit p�blico de 8,51% a 5,3% do PIB. Para conseguir isso, o executivo conservador de Mariano Rajoy dever� economizar, segundo as primeiras estimativas, 35 bilh�es de euros, mas a cifra resultar� provavelmente mais elevada devido � recess�o, que este ano deve fazer o PIB cair 1,7%.

Depois de ter anunciado cortes or�ament�rios no valor de 8,9 bilh�es de euros e uma alta de impostos de 6,3 bilh�es de euros, a Espanha ter� de buscar entre 30 e 40 bilh�es de euros para alcan�ar o objetivo.

Os or�amentos ser�o muito austeros, advertiu Rajoy. "Os mais austeros da democracia", insistiu o ministro da Fazenda, Crist�bal Montoro.

"A Espanha est� numa situa��o muito dif�cil", afirmou, por sua parte, o comiss�rio europeu para Assuntos Econ�micos, Olli Rehn, antes do in�cio de uma reuni�o de ministros europeus em Copenhague, que est� examinando com lupa os n�meros apresentados por Madri.

Neste sentido, os pa�ses da Zona Euro concordaram nesta sexta em refor�ar temporariamente sua porta corta-fogos anticrise at� um limite de 800 bilh�es de euros, pensando justamente na Espanha, que deve explicar como far� para alcan�ar o d�ficit que Bruxelas lhe pede.

"Alcan�amos um acordo de 800 bilh�es de euros", afirmou a ministra austr�aca Maria Fekter.

A ideia � unir os fundos j� comprometidos do Fundo Europeu de Estabilidade Financeira (FEEF), para os resgates de Gr�cia, Portugal e Irlanda, e os do Mecanismo Europeu de Estabilidade (MEDE), dotado de 500 bilh�es de euros.

Nos debates dos ministros dos 17 pa�ses da Eurozona, venceu finalmente a proposta da Alemanha.