S� uma pol�tica abrangente de apoio � ind�stria brasileira, que combine a desonera��o da folha de pagamento do setor, a redu��o dos pre�os de insumos essenciais, a exemplo da energia el�trica e do g�s, e a oferta de cr�dito barato permitir� a recupera��o do parque fabril do pa�s no ano que vem. � esse o alerta dos presidentes das federa��es das ind�strias de Minas Gerais, Olavo Machado J�nior, e de S�o Paulo, Paulo Skaf. A presidente Dilma Roussef deve anunciar amanh� um pacote de medidas de incentivo � produ��o industrial que os empres�rios esperam ir al�m do al�vio dos custos da folha de pessoal, constituindo uma terceira pol�tica industrial, desde a iniciativa tomada em 2003 pelo ex-presidente Luiz In�cio Lula da Silva em seu primeiro mandato.
“Espero que a presidente n�o nos decepcione. Gostar�amos de ver uma pol�tica que beneficie diversos setores da ind�stria, e com medidas t�o necess�rias quanto a desonera��o da folha de pagamento. Precisamos de redu��o de impostos e dos pre�os dos insumos, como a energia el�trica, al�m da oferta de cr�dito a juros baixos”, afirma Olavo Machado, presidente da Fiemg. N�o � outra a expectativa de Paulo Skaf, comandante da Fiesp: “Se forem medidas eficazes, as respostas ser�o muito r�pidas. Baixem o pre�o do g�s, da energia, os encargos na folha de pagamento, corrijam a quest�o cambial, reduzam os juros e, ano que vem, veremos a ind�stria brasileira dando show no mundo", disse.

Para o industrial, h� excesso de pessimismo no cen�rio tra�ado por alguns analistas do setor, como J�lio Gomes de Almeida, economista do Instituto de Estudos para o Desenvolvimento Industrial (Iedi), que s� enxerga uma rea��o positiva do setor em 2014. A preocupa��o de Almeida est� no n�vel de efici�ncia do novo pacote, diante da dificuldade de a ind�stria aumentar as exporta��es e conter o fen�meno de perda de participa��o na produ��o de bens e servi�os do pa�s, medida pelo Produto Interno Bruto (PIB). A ind�stria brasileira de transforma��o encerrou 2011 com um coeficiente de exporta��es de 15%, perante os 21,6% de 2004.
Em termos de participa��o no PIB, o setor amargou queda de 27% do PIB em 1985 para 14,6% no ano passado. Em Minas, conforme levantamento feito pela Fiemg, com base nos dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estat�stica (IBGE) e estimativas pr�prias, o bolo da ind�stria mineira de transforma��o minguou de 28,4% em 1985 para 15% em 2010. O presidente da institui��o insiste em que a demora na concep��o e execu��o das medidas de est�mulo ao parque industrial � o maior problema, por comprometer a capacidade tecnol�gica e de inova��o das f�bricas. Paulo Skaf, da Fiesp, observa que diante de um processo de desindustrializa��o em curso no Brasil, o ideal � que uma pol�tica governamental alcance linearmente todos os setores da atividade. (Com ag�ncias)