A Petrobras sugeriu ao governo que futuros leil�es de energia nova sejam feitos por regi�o ou por fonte, disse o gerente geral de neg�cios de energia, Renato de Andrade Costa, durante confer�ncia sobre energia e�lica no Brasil, realizada nesta segunda-feira em S�o Paulo.
Costa criticou o fato de o modelo de contrata��o de energia proveniente das t�rmicas movidas a g�s natural, que exige que se comprove lastro de g�s para a usina por todo o per�odo do contrato, de 20 anos, como se ela fosse gerar o tempo todo durante esse per�odo, ainda que isso n�o aconte�a.
Justamente por n�o ter como fornecer contratos de fornecimento de g�s com 100% de lastro � que a Petrobras optou por n�o fechar nenhum contrato de suprimento para novas t�rmicas desde o leil�o A-5, de dezembro do ano passado. Com isso, os projetos de t�rmicas a g�s ficaram fora das �ltimas licita��es.
Costa defendeu a import�ncia das t�rmicas a g�s como complementares � matriz el�trica nacional. "N�o podemos achar que as fontes h�drica e e�lica s�o perfeitas, pois ambas possuem riscos, enquanto a t�rmica pode ser despachada a qualquer momento, para atender a demanda no hor�rio de pico, por um problema el�trico do sistema ou quando h� falta de �gua e vento" disse. A proposta da Petrobras � que se apresente o quanto de g�s est� dispon�vel e que os projetos t�rmicos disputem entre si esse fornecimento.
Mudan�as
A Petrobras engrossa o coro dos agentes do setor que defendem mudan�as no leil�o, para que sejam por fonte ou regionais, alternativas tamb�m defendidas por investidores em Biomassa e PCHs. Mais cedo, no mesmo evento, o presidente da Empresa de Pesquisa Energ�tica (EPE), Mauricio Tolmasquim, criticou a segunda alternativa. "A solu��o n�o � criar reservas regionais", disse, ao ser questionado sobre o fato de projetos e�licos, em sua maioria no nordeste, terem respondido por grande parte da energia contratada nos �ltimos leil�es, apesar de a maior parte da demanda se concentrar no Sudeste, o que tende a encarecer custos de transmiss�o.
Para Tolmasquim, � poss�vel encontrar outras alternativas para corrigir eventuais distor��es que possam ser geradas no custo final da tarifa de energia para o consumidor, contabilizando a localiza��o dos projetos, sem limitar a competi��o na gera��o.