O presidente da Confedera��o dos Trabalhadores na Ind�stria da Constru��o e Madeira, Cl�udio Gomes, disse que o inc�ndio desta madrugada em 37 alojamentos da obra da Hidrel�trica Jirau, no Rio Madeira (RO), foi criminoso. “� uma coisa criminosa. Colocou a vida em risco de v�rios trabalhadores”, disse em entrevista � Ag�ncia Brasil.
Segundo Gomes, o inc�ndio foi provocado por empregados insatisfeitos com o resultado da assembleia de ontem dos trabalhadores, na qual foi aprovado o acordo acertado na negocia��o do Tribunal Regional do Trabalho (TRT). “Eles n�o acataram a decis�o. N�o respeitaram a vontade da maioria”.
A decis�o, aceita pela maioria dos trabalhadores de Jirau e pela unanimidade dos trabalhadores da Hidrel�trica Santo Ant�nio, tamb�m no Rio Madeira, prev� o aumento de R$ 170 para R$ 220 da complementa��o da cesta b�sica, para os trabalhadores que recebem at� R$ 1,5 mil mensais. E para quem ganha mais de R$ 1,5 mil por m�s um aumento de R$ 200 na cesta b�sica. As obras das usinas ficaram paralisadas durante 26 dias.
O presidente da confedera��o n�o quis acusar nenhum envolvido ou apontar grupo pol�tico respons�vel. “N�o temos como identificar”. Para o presidente do Sindicato dos Trabalhadores da Ind�stria da Constru��o Civil de Rond�nia, Raimundo Enelson, os envolvidos s�o de um grupo minorit�rio que agem “por algum interesse que n�o sabemos qual”.
Enelson estima que 5,6 mil trabalhadores foram afetados. Desses, 500 poder�o retornar nesta noite aos alojamentos parcialmente atingidos. Os demais ser�o abrigados em unidades do Servi�o Social da Ind�stria (Sesi), hot�is e pens�es de Porto Velho. Conforme o presidente do sindicato, a empresa far� rescis�o dos trabalhadores que quiserem deixar a obra.
Em nota, a Camargo Corr�a, empreiteira contratada para a constru��o da obra, informou que o inc�ndio atingiu cerca de 30% dos alojamentos. A empresa confirmou que houve uma morte, mas n�o deu detalhe. A suspeita � de a morte foi por ataque card�aco em meio � confus�o.
Cerca de 7 mil trabalhadores estavam nos alojamentos da obra. A empresa disse que, no momento, “o clima � de estabilidade e controle”, e que os esfor�os “est�o concentrados na mobiliza��o de recursos para a retirada com seguran�a dos trabalhadores que desejam deixar o canteiro de obras, cerca de 3 mil pessoas”.