A crise econ�mica internacional e a consequente diminui��o de gastos p�blicos na sa�de devem ser a principal preocupa��o da humanidade neste s�bado, data que marca a passagem do Dia Mundial da Sa�de. A avalia��o � do presidente do Conselho Nacional de Sa�de (CNS), Francisco Batista J�nior, em entrevista ao programa Revista Brasil, da R�dio Nacional.
“A maior amea�a [� sa�de no mundo] � o momento pol�tico. Em fun��o de uma crise estrutural, a sa�de est� cada vez mais amea�ada pela possibilidade de ser transformada �nica e exclusivamente em mercadoria e n�o tratada como direito do ser humano”, opinou Batista J�nior.
A crise econ�mica diminui a oferta de emprego em outros pa�ses e restringe as fontes de financiamento baseadas em descontos nos sal�rios para custeio de seguridade social. O presidente do CNS diz que se preocupa, especialmente, com a situa��o dos pa�ses europeus que, em fun��o de problemas de or�amento do Estado, est�o diminuindo o alcance das pol�ticas de bem estar social.
Para ele, o funcionamento do Sistema �nico de Sa�de (SUS), em tempos de crise internacional, � um trunfo brasileiro. “A reforma sanit�ria que levou ao SUS foi pensada na l�gica da sa�de sendo um direito universal das pessoas; como direito inalien�vel e inquestion�vel e n�o um bem a ser vendido do mercado”, defendeu.
De acordo com o especialista, o SUS “� o maior respons�vel pela melhoria da qualidade de vida do Brasil”. Antes do sistema (previsto na Constitui��o de 1988), o pa�s padecia com “diversas mol�stias” e hoje tem uma “situa��o sanit�ria de mais qualidade” e “com acesso a tecnologias de �ltima gera��o”, ressaltou.
O presidente do CNS reconhece, no entanto, que o SUS n�o foi implementado integralmente. “Est� em desacordo com o que diz a legisla��o e a Constitui��o Federal”, disse fazendo refer�ncia ao “subfinanciamento” e �s “lacunas graves na preven��o”.