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Estado de Minas

Bancos privados s�o avaros no cr�dito, diz Pimentel


postado em 08/04/2012 10:02

O ministro do Desenvolvimento, Ind�stria e Com�rcio Exterior, Fernando Pimentel, fez uma s�rie de cobran�as em entrevista ao Estado, logo ap�s o an�ncio das medidas de apoio � ind�stria, na semana passada. Ele chamou os bancos de "avaros" na concess�o de cr�dito "em momentos dif�ceis", classificou a ideia de desindustrializa��o como "tosca" e disse que o governo n�o vai dar mais incentivos �s montadoras.

"O setor j� tem muito incentivo", disse Pimentel. "N�o vejo necessidade de mexer." Pelo contr�rio, Pimentel cobrou investimentos em pesquisa e inova��o. "N�o podemos dizer que ela (a ind�stria automobil�stica) est� fazendo jus ao tamanho do mercado que o Brasil �." Pimentel baixou o tom, por�m, ao comentar ao estudo que teria sido encomendado por ele prevendo medidas mais agressivas para influenciar a taxa de c�mbio. "Quem sou seu (para pedir medidas mais agressivas)", disse o ministro. "Sou mineiro".

A seguir, os principais trechos da entrevista de Pimentel:

Os resultados do pacote aparecer�o quando?

O efeito n�o � no curto prazo, mas ser� muito positivo. Para a desonera��o da folha, temos a exig�ncia da noventena. Mas, nas outras medidas, n�o. Acho em 90 dias tudo estar� regulamentado e rodando. O BNDES em 10 e 15 dias j� estar� rodando as linhas com taxas novas.

Era preciso oferecer capital de giro com taxas subsidiadas?

H� quem diga que o BNDES deveria se limitar aos investimentos de longo prazo, mas infelizmente o nosso mercado de cr�dito privado tem sido meio avaro na concess�o de cr�dito (risos). Qualquer sinal de crise, eles restringem. Essa � uma queixa muito grande. O BNDES acaba tendo que suprir uma escassez do cr�dito privado.

O que pode ser feito?

N�o sei se o BC pode estimular com alguns mecanismos, reduzir o compuls�rio. O aumento dos juros e do spread n�o faz sentido. A Selic est� caindo. N�o d� para entender. Eles est�o se precavendo de um risco hipot�tico de crise. Na hora em que a economia mais precisa de cr�dito, justamente quando as coisas n�o est�o t�o bem, o setor privado se retrai. � natural que o setor estatal acabe tendo de cobrir. N�o adianta baixar s� o juro se o spread n�o cai.

A queda da taxa Selic ajuda no problema cambial?

Ajuda, mas n�o � decisiva. A economia s�lida e uma pol�tica fiscal consistente acabam atraindo capital. E os nossos juros ainda s�o bem mais altos do que a m�dia internacional. Isso tudo faz entrar muito d�lar. Teremos que conviver daqui para frente com a moeda mais valorizada do que foi historicamente. N�o estou dizendo com isso que vamos deixar valorizar demais. Pelo contr�rio.

O ministro Mantega falou que o d�lar em R$ 1,80 e razo�vel...

Essa taxa n�o � nenhuma maravilha, mas � razo�vel. Ele um pouco que sinalizou - n�o vou dizer que � um novo patamar - mas que vamos tentar manter essa taxa a�.

Essa taxa � boa?

A ind�stria tem cadeias produtivas muito integradas com fornecedores l� fora. N�o tem uma taxa de c�mbio que atenda todo mundo. A taxa que vai ser boa para quem est� muito mal ser� ruim para quem est� melhor.

Mas o Sr est� confort�vel com R$ 1,80?

Quando a gente vai viajar � muito bom (risos). Mas se eu for exportar � ruim demais. Para quem est� fora do padr�o de competitividade, de fato n�o �. Temos que ajustar. Como n�o vamos administrar o c�mbio, temos que compensar isso com outro tipo de medida. � o que estamos fazendo agora.


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