O governo espanhol revisar� a pol�tica de gastos das Comunidades Aut�nomas, particularmente em mat�ria de educa��o e sa�de, para reduzir o d�ficit p�blico. Nesta segunda-feira, o pa�s chegou inclusive a anunciar uma poss�vel altera��o na participa��o das rendas mais altas nestes servi�os.
Ante a nova crise de confian�a dos mercados e a preocupa��o de seus vizinhos europeus, as autoridades de Madri multiplicam as declara��es para assegurar que a Espanha cumprir� com suas metas de redu��o de d�ficit p�blico a 5,3% para 2012, contra 4,4% previstos anteriormente.
"� preciso fazer um pa�s mais confi�vel ante nossos credores e ante os s�cios europeus", declarou o ministro da Fazenda e Administra��o P�blica, Crist�bal Montoro, em uma entrevista publicada pelo jornal El Mundo. Segundo o ministro, � preciso redefinir quais servi�os p�blicos devem ser prestados em sa�de, educa��o ou benef�cios sociais. "As Comunidades Aut�nomas ter�o que renunciar a muitos gastos", afirmou Montoro.
"No caso de gastos com sa�de, acumulamos d�vidas de mais de 15 bilh�es de euros e isso n�o pode voltar a acontecer", afirmou o ministro da Economia, Luis de Guindos, na r�dio Cadena Ser. "Por isso, a reforma � imprescind�vel. � preciso eliminar gastos improdutivos. � preciso racionalizar quest�es que n�o est�o funcionando bem para proteger o sistema", concluiu o ministro da Economia.
Ap�s considerar que o sistema de co-pagamento, combatido pela oposi��o de esquerda, n�o � "uma panac�ia" em absoluto, Guindos fez refer�ncia � possibilidade de ampliar a participa��o dos mais ricos nos gastos com sa�de.
"Temos que abrir um debate entre a Administra��o Central e as Comunidades Aut�nomas e pensar, por exemplo, se temos que providenciar os servi�os de sa�de gratuitos a quem ganha mais de 100.000 euros", afirmou.
Contudo, os dois ministros n�o precisaram o que o governo planeja fazer. A sa�de e a educa��o dizem respeito �s Comunidades Aut�nomas, que contam com uma ampla autonomia, originada na Constitui��o aprovada em 1978, depois da ditadura franquista.
"Ningu�m est� propondo uma re-centraliza��o dos servi�os e continuaremos oferecendo-os as comunidades. O que temos que ver � se a situa��o atual � sustent�vel, pois � preciso abrir um debate aberto e encontrar solu��es", concluiu De Guindos.