O aumento do Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI), previsto para o setor de bebidas frias como forma de compensar a queda da arrecada��o tribut�ria inclu�da na nova vers�o do Plano Brasil Maior, vai ser repassado ao consumidor, informou hoje o presidente da Associa��o Brasileira das Ind�strias de Refrigerantes e de Bebidas N�o Alco�licas (Abir), Herculano Anghinetti, ap�s reuni�o com o secret�rio da Receita Federal, Carlos Alberto Barreto.
“Em 2011, absorvemos o aumento e chegamos ao limite. As ind�strias j� absorveram parcialmente a alta dos tributos [15%]. O setor n�o tem como absorver mais um aumento de imposto com redu��o da margem [de lucro]. Com esse an�ncio de aumento que est� por vir, a ind�stria n�o tem mais capacidade de absor��o. [O aumento] Vai ser repassado, criando um c�rculo vicioso. O aumento de imposto impacta no custo e diminui a venda”, disse.
Para compensar a ren�ncia fiscal de R$ 60,4 bilh�es do pacote de est�mulo � competitividade industrial anunciado na semana passada, o governo informou que vai aumentar a tributa��o das chamadas bebidas frias, como �guas, cervejas e refrigerantes. Mesmo sem ter o aumento da al�quota definida, a estimativa do representante do setor � que o impacto do imposto mais alto fique entre 2% e 3% do valor final do produto.
Anghinetti disse ainda que, com a nova tributa��o, investimentos anteriormente previstos de R$ 7,9 bilh�es podem ser suspensos. “A gente est� buscando a n�o altera��o da pauta para que n�o tenha que alterar os pre�os finais e diminuir a capacidade de investimentos”, destacou o presidente da Abir.
O setor reivindica que a tabela de pre�os das bebidas, sobre a qual incidem tributos, n�o seja reajustada neste ano. O aumento desses valores implica maior carga tribut�ria para as ind�strias. Em 2010, a Abir e o governo chegaram a um acordo que permitiu o congelamento da tabela usada de base para tributa��o. Por outro lado, o setor investiu R$ 5,4 bilh�es no ano.