As preocupa��es com rela��o � economia espanhola trouxeram o tema da crise da d�vida de volta ao centro dos debates na campanha eleitoral pela presid�ncia francesa. O presidente e candidato a um segundo mandato, Nicolas Sarkozy, afirmou inclusive que a Fran�a corre o risco de viver dentro de "algumas semanas" a mesma situa��o do pa�s vizinho.
Faltando onze dias para o primeiro turno, Sarkozy retomou os alertas de que a vit�ria do candidato socialista Fran�ois Hollande geraria uma crise financeira tal qual a espanhola.
Depois de v�rias semanas com os temas da seguran�a e da imigra��o predominando nas campanhas, a crise da d�vida voltou ao foco.
Sarkozy, que se aproximou de Fran�ois Hollande nas �ltimas sondagens referentes ao primeiro turno, tem citado incessantemente a Espanha como um exemplo do que pode acontecer � Fran�a caso ven�a seu rival socialista.
Essas declara��es provocaram inclusive a rea��o do ministro espanhol da Economia, Luis de Guindos, que as qualificou de "sem sentido" e parte da estrat�gia de campanha de Sarkozy.
O presidente franc�s reiterou suas afirma��es nesta quarta-feira e disse que se for mantida a postura cr�tica com rela��o �s medidas de austeridade impostas, como a reforma do pagamento de aposentadorias, "n�o haver� um risco de alta das taxas de juros, mas sim uma certeza". Segundo Sarkozy, essa pol�tica oposicionista desencadearia de imediato "uma crise de confian�a massiva".
"A Fran�a tem que pedir emprestado todo ano 42 bilh�es de euros para pagar os juros da d�vida. Hoje, conseguimos obter esse dinheiro a uma taxa de juros de 3%, que � uma taxa historicamente baixa", afirmou.
A equipe de Hollande acusou a direita de "chamar indiretamente aos especuladores para que atuem contra os interesses da Fran�a".
Hollande afirmou nesta quarta-feira que a Fran�a perdeu o triplo A (retirado em janeiro passado pela ag�ncia classificadora Standard and Poor's) "por causa da gest�o do governo atual".
"Quem est� no poder hoje, a direita ou a esquerda? Nicolas Sarkozy � o presidente da Rep�blica, ainda que por pouco tempo", disse Hollande, completando que no governo de Sarkozy "os d�ficits foram acumulados" e o pa�s chegou a uma "d�vida p�blica recorde".