O an�ncio do pacote de incentivo ao cr�dito que inclui a redu��o de taxas em v�rias linhas de empr�stimos e financiamento foi feito na semana passada pela Caixa Econ�mica Federal e Banco do Brasil por press�o da presidente Dilma Rousseff. “A pol�tica de redu��o de juros de bancos fortes como esses deve impulsionar a redu��o das taxas nos pr�ximos meses. S� os dois bancos s�o respons�veis por 32% dos ativos. As outras institui��es n�o v�o correr o risco de perder clientes”, afirma o vice-presidente da Anefac, Miguel Jos� Ribeiro de Oliveira.
A redu��o das taxas de juros para linhas de opera��es de cr�dito a pessoas f�sicas ainda deixa a desejar. Das seis linhas de cr�dito pesquisadas, os percentuais sobre cheque especial e empr�stimo pessoal (bancos e financiadoras) ainda sofreram eleva��o em compara��o com fevereiro . O maior aumento foi sentido nas opera��es de financiamento via bancos, 0,03 pontos percentuais, passando a 3,84% ao m�s.
Em contrapartida, as taxas de juros do com�rcio apresentaram redu��o de 0,08 ponto percentual em rela��o a fevereiro, passando a 4,87%. Em compara��o � mesma �poca do ano passado, a queda foi de 0,77 ponto percentual. Os consumidores que pretendem financiar ve�culos v�o encontrar taxas est�veis em compara��o � fevereiro, 1,97%. Os juros do cart�o de cr�dito rotativo, o grande vil�o respons�vel pela inadimpl�ncia do brasileiro, tamb�m permaneceram os mesmos durante o ano, 10,69%. Em todas as linhas de cr�dito a pessoa jur�dica – capital de giro, desconto de duplicatas e conta garantida – cheque especial – pesquisadas pela Anefac, as taxas apresentaram redu��o.
Falta cr�dito para carros
Bras�lia – O setor banc�rio n�o est� atendendo a demanda por cr�dito para aquisi��o de ve�culos. Essa foi a queixa apresentada ao ministro Guido Mantega pela Associa��o Nacional dos Fabricantes de Ve�culos Automotores (Anfavea). O presidente da entidade, Cledorvino Belini, disse que pediu a aten��o do governo � oferta de cr�dito para a aquisi��o de autom�veis, que tem travado as vendas no varejo. “Em fun��o da maior inadimpl�ncia, h� maior resist�ncia dos bancos em conceder empr�stimos. Precisamos destravar isso. J� come�ou (a melhorar) com o governo reduzindo as taxas dos bancos p�blicos”, disse Belini.
O ministro n�o deu resposta. “Tomou nota”, resumiu o presidente da Anfavea. No entanto, nos bastidores, fontes da equipe econ�mica admitem o problema que esbarra em outro n� que o governo tenta desatar. A atua��o dos bancos privados na concess�o de cr�dito est� sendo considerada conservadora e n�o contribui para o objetivo do governo de fazer a economia voltar a crescer no patamar de 4%.
“O que n�s falamos efetivamente � que o governo precisa dar mais aten��o � quest�o do cr�dito porque, agora, para expandirmos precisamos de mais cr�dito para o setor. Cr�dito no varejo, seja dos bancos das montadoras, seja dos bancos em geral”, disse Belini. Apesar da redu��o das taxas de juros pelo Banco do Brasil e pela Caixa, Belini disse que a participa��o dessas institui��es no financiamento de autom�veis ainda � baixa. Ele avaliou que a inadimpl�ncia est� em processo de queda e que deve se normalizar em breve.
Regime Belini disse que tamb�m foi feita uma avalia��o positiva do novo regime automotivo que entrar� em vigor em 2013. “A avalia��o que o setor fez foi muito positiva. Confirmamos investimentos no Brasil de US$ 22 bilh�es nos pr�ximos anos (at� 2015) e, agora, vamos em busca da competitividade do setor no Brasil", afirmou. Segundo ele, os investimentos j� come�aram a deslanchar, n�o s� no setor de autom�veis, mas tamb�m no de autope�as.