A Federa��o das Ind�strias do Estado de S�o Paulo (Fiesp) estima que o n�vel de emprego na ind�stria de transforma��o de S�o Paulo pode ficar negativo em 2012 ou, na melhor das hip�teses, ficar estagnado, em uma taxa de 0%. Segundo dados divulgados nesta quinta-feira, em mar�o o n�vel de emprego com ajuste sazonal caiu 0,87% ante fevereiro, com o fechamento de 4,5 mil vagas.
"Foi um m�s de mar�o at�pico, assim como no acumulado dos tr�s meses deste ano (0%)", avaliou o diretor do Departamento de Pesquisas e Estudos Econ�micos da Fiesp, Paulo Francine. Conforme levantamento da entidade, este foi o pior m�s mar�o para a s�rie iniciada em 2006. No caso do trimestre, o resultado s� perde para os tr�s primeiros meses do ano de 2009, marcado pelo auge da crise mundial.
Francine diz ainda que as recentes medidas adotadas pelo governo como a desonera��o da folha de pagamento e o est�mulo ao cr�dito para pessoas f�sicas e jur�dicas n�o devem alterar significativamente este cen�rio do emprego industrial no Estado. "N�o houve medida com dimens�o para gerar um grande impacto no emprego", afirmou.
A eventual aprova��o pelo Congresso da Resolu��o 72, que visa uniformizar a al�quota do Imposto sobre Circula��o de Mercadorias e Servi�os (ICMS) entre Estados para produtos importados e acabar com a chamada "guerra dos portos", pode ser mais efetiva para a ind�stria paulista do que o conjunto de medidas que comp�e o Plano Brasil Maior, como foi nomeada a recente pol�tica industrial do governo, avalia Francini.
A resolu��o foi aprovada nesta quarta-feira pela Comiss�o de Constitui��o e Justi�a (CCJ) do Senado e poder� ser votada na pr�xima semana. "S� precisamos acompanhar para saber se seria adotada a al�quota de 4% de ICMS de uma vez ou gradualmente", diz Francini, lembrando que a Fiesp apoia firmemente a aprova��o da resolu��o. Ele lembrou que a unifica��o da al�quota pode ampliar a competitividade da ind�stria nacional e inibir a invas�o de produtos importados.
O diretor da Fiesp tamb�m elogiou os recentes movimentos do governo para reduzir o spread banc�rio em opera��es de cr�dito para pessoas f�sicas e jur�dicas. Segundo ele, � muito positivo que o governo lidere essa iniciativa por meio dos bancos p�blicos, pois isso deve pressionar os bancos privados a acompanharem os cortes nas taxas.