A diretora-gerente do Fundo Monet�rio Internacional (FMI), Christine Lagarde, afirmou em um discurso nesta quinta-feira que a proposta atual de aumentar os recursos da institui��o � inferior � estimativa feita em janeiro. Apesar da melhora, Lagarde ressaltou a necessidade de continuidade do esfor�o europeu.
"As necessidades atualmente n�o s�o t�o grandes quanto estimamos no in�cio do ano", disse Lagarde no Instituto Brookings, em Washington. Segundo a diretora, a melhora � decorrente das medidas tomadas pelos governos europeus e da decis�o dos ministros de Finan�as da zona do euro de aumentar o mecanismo comum na luta contra a crise, realizada no dia 30 de mar�o.
Contudo, disse Lagarde, � na Europa que est� neste momento a maior responsabilidade com rela��o � economia mundial. "Temos certo espa�o para respirar, mas n�o por muito tempo", alertou. A prolongada crise da d�vida europeia levou o FMI a avaliar em 500 bilh�es de d�lares suas necessidades de aumento de capital, mas at� o momento o pa�s somente recebeu um compromisso da zona do euro de 150 bilh�es de euros (198 bi de d�lares) em dezembro.
Os Estados Unidos continuam dizendo que n�o contribuir�o e os pa�ses emergentes ainda n�o definiram sua posi��o. "Precisamos reavaliar com prud�ncia (os montantes) e o estamos fazendo em fun��o da situa��o nos mercados e do consenso dos pa�ses interessados", afirmou.
O FMI realizar� sua assembleia semestral de 20 a 22 de abril em Washington e essa seria uma boa data para alcan�ar esse consenso, completou Lagarde. O Fundo disp�e de 380 bilh�es em caixa para ajudar a pa�ses de renda m�dia ou superior, um montante que pode ser insuficiente se a Espanha cair em uma crise profunda.
Lagarde voltou a pedir a ratifica��o por parte dos membros da institui��o da reforma interna do FMI para dar mais voz aos pa�ses emergentes, que "j� emergiram", afirmou. A diretora comentou ainda a situa��o em pa�ses como Espanha e Gr�cia.
"A Espanha tem feito esfor�os significativos e louv�veis, mas dever� continuar se esfor�ando para melhorar sua situa��o econ�mica sem sufocar o crescimento", disse. "Esses esfor�os devem ser realizados em colabora��o e coopera��o com o restante da Eurozona", concluiu.