A varia��o marginal da infla��o medida pelo �ndice de Pre�os ao Consumidor Semanal (IPC-S) entre a primeira e a segunda quadrissemanas de abril, de 0,58% para 0,57%, n�o traz nenhum tipo de al�vio em rela��o � expectativa de acelera��o do �ndice nas pr�ximas leituras. "O �ndice n�o variou muito, mas a sua composi��o, sim", afirmou nesta segunda-feira o coordenador do IPC e pesquisador da Funda��o Get�lio Vargas (FGV), Paulo Picchetti. "O que ajudou foi Alimenta��o. N�o fosse por isso, o n�mero j� caminharia para algo em torno do que esperamos para o fechamento do m�s", disse Picchetti, que projeta alta de 0,60% para o IPC de abril.
Das oito classes de despesas que comp�em o IPC-S, duas tiveram altas menores. Alimenta��o registrou varia��o positiva de 0,52%, de 0,64% na primeira quadrissemana, com destaque para Frutas (5 06% para 2,57%). Habita��o desacelerou de 0,87% para 0,70%, ainda sob efeito da Tarifa de Telefone Residencial (-1,03% para -0,33%). "Mas o impacto do reajuste de baixa da tarifa de telefone j� est� saindo do �ndice", alertou o coordenador.
Al�m do fato de contribui��es benignas do indicador, como tarifa de telefonia, estarem perdendo espa�o no indicador, outras for�as nocivas, por sua vez, j� devem come�ar a se impor. � o caso do reajuste de medicamentos, autorizado pela Ag�ncia Nacional de Sa�de (ANS), de 2,82% em m�dia, que entrou em vigor em 31 de mar�o. O aumento nos pre�os de cigarros, aplicado pela Souza Cruz em abril, de 23,5%, tamb�m j� pressiona a infla��o, levando o grupo Despesas Diversas a saltar mais de 1 ponto porcentual, de 0,46% para 1,56%, entre a primeira e a segunda quadrissemanas do m�s.
Transportes teve acelera��o modesta, de 0,30% para 0,31%. Picchetti, embora n�o veja trajet�ria futura de acelera��o forte tampouco v� grandes al�vios para os pre�os de combust�veis no curto prazo. Os pre�os da gasolina continuaram a desacelerar a queda, de -0,11% para -0,02%, enquanto o aumento do �lcool combust�vel passou de 1,18% para 1,32%.