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Estado de Minas

Kirchner ignora amea�a da Espanha e anuncia expropria��o da petroleira YPF


postado em 16/04/2012 16:29

A presidente argentina Cristina Kirchner ignorou as amea�as de Espanha e da Uni�o Europeia (UE) e enviou ao Congresso nesta segunda-feira um projeto de lei para expropriar 51% da petroleira YPF, controlada pela espanhola Repsol, alegando falta de investimentos da companhia, o que obrigou o pa�s a importar combust�veis.

Segundo o governo, foi fixado o controle para o Estado Federal de 51% da empresa e para as prov�ncias dos 49% restantes, anunciou a Casa Rosada. "A produ��o de hidrocarbonetos passou a ser um bem de interesse p�blico para que o pa�s possa alcan�ar a autossufici�ncia em petr�leo (...)", segundo o texto lido por um locutor oficial em uma cerim�nia presidida por Kirchner.

Ap�s o an�ncio, a secret�ria-geral do Partido Popular (PP, direita), Mar�a Dolores de Cospedal, afirmou que o executivo espanhol dar� uma "resposta completa" ao an�ncio de nacionaliza��o da argentina YPF, filial da petroleira espanhola Repsol.

O Tribunal de Avalia��es da Na��o ser� o organismo que colocar� o pre�o a ser pago aos acionistas, de acordo com o texto oficial. O governo espanhol afirmou que responder� � decis�o, que levou a Bolsa de Nova York a cancelar as negocia��es das a��es da YPF ap�s os pap�is recuarem quase 15%. Buenos Aires tamb�m cancelou a cota��o dos papeis.

"N�o tenho a menor d�vida de que o governo dar� uma resposta completa a esta situa��o", afirmou De Cospedal, durante coletiva de imprensa. O ministro de Assuntos Exteriores espanhol, Juan Manuel Garc�a-Margallo, havia advertido anteriormente que "qualquer agress�o que violasse o princ�pio de seguran�a jur�dica da Repsol seria tomada como uma agress�o � Espanha".


A Comiss�o Europeia, por sua vez, pediu � Argentina na sexta-feira para que respeitasse seus compromissos internacionais sobre a prote��o dos investimentos estrangeiros em seu territ�rio. "Ficaremos ao lado da Espanha", disse na sexta-feira Olivier Bailly, porta-voz da Comiss�o Europeia. "N�o faremos uma estatiza��o. Faremos uma recupera��o (...) A empresa continuar� funcionando como uma sociedade an�nima, com diretores profissionais", disse Kirchner em seu discurso.

O chefe do bloco governista de deputados, Agust�n Rossi, disse em uma coletiva de imprensa que "as a��es sujeitas � expropria��o s�o as da Repsol (que det�m 57,4%)" e disse que o processo n�o afetar� as a��es do grupo argentino Petersen (25,4%) ou as que est�o na Bolsa (17,0%).

O governo havia questionado a pol�tica da Repsol-YPF com o argumento de que a empresa vem reduzindo ano ap�s ano sua produ��o de g�s e petr�leo e que com isso a Argentina se viu for�ada a gastar 9,3 bilh�es de d�lares em 2011 em importa��o de combust�veis, quase o dobro do gasto referente a 2010, segundo cifras oficiais.

O presidente da Repsol, Antoni Brufau, havia pedido no domingo o di�logo ao governo argentino para resolver o futuro da empresa. "Sempre digo que � conversando a gente se entende", disse o empres�rio. A Repsol-YPF � o maior produtor local de hidrocarbonetos e l�der do mercado de combust�veis, com 54% do refino.

Contudo, um documento das prov�ncias produtoras divulgado este ano diz que "a queda da produ��o de todas as empresas de g�s e petr�leo foi de 11% e 18%, respectivamente". O documento das prov�ncias petroleiras diz que no caso da Repsol-YPF, a redu��o foi entre 30%-35% de sua produ��o de petr�leo nos �ltimos anos e de mais de 40% da de g�s".

A produ��o petroleira global do pa�s chegou em 2011 aos 796.000 barris di�rios, quase sem varia��es se comparadas com a de 2009 e de 2010, segundo cifras do Minist�rio da Economia. A petroleira negou a falta de investimentos e disse que realizar� "os maiores investimentos da hist�ria da empresa em 2012", da ordem de 15 bilh�es de pesos (3,400 bilh�es de d�lares. Seis prov�ncias argentinas j� haviam retirado da companhia a concess�o sobre 16 �reas de explora��o.


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