O governo espanhol considerou nesta segunda-feira "uma decis�o hostil" a expropria��o pela Argentina de parte da YPF, filial da principal petroleira espanhola Repsol, que "rompe o clima de cordialidade e amizade" entre os dois pa�ses, e anunciou que tomar� "medidas claras e contundentes".
"O governo anuncia que tomar� todas as medidas que considerar convenientes em defesa dos interesses leg�timos da Repsol e de todas as empresas e interesses espanh�is no exterior", disse o ministro espanhol de Rela��es Exteriores, Jos� Manuel Garc�a-Margallo.
O chanceler espanhol fez tais declara��es em coletiva de imprensa conjunta com o ministro da Ind�stria, Jos� Manuel Soria, ap�s uma reuni�o de urg�ncia com o chefe do Executivo, Mariano Rajoy, para tratar a situa��o criada pela expropria��o de 51% da YPF, na qual a Repsol tem participa��o majorit�ria. "� uma decis�o hostil contra a Repsol, portanto, contra uma empresa espanhola, portanto, contra a Espanha", disse Soria.
"O governo condena com absoluta energia a decis�o arbitr�ria do governo da Rep�blica Argentina de expropriar as a��es que a Repsol tem na mercantil YPF", disse Margallo ao anunciar a ado��o de medidas, que ser�o detalhadas nos pr�ximos dias. "Este governo, diferentemente de outros, n�o toma suas decis�es apenas em reuni�es de urg�ncia. As medidas foram estudadas, mas ter�o de ser adotadas ap�s considera��o conjunta e ser�o anunciadas quando for oportuno, mas n�o em um momento de arrebatamento pela indigna��o que esta medida produziu no governo", completou Margallo.
"Ser�o medidas claras e contundentes", afirmou o ministro Soria. "� uma p�ssima decis�o para a Espanha, uma p�ssima decis�o para a Argentina e uma m� not�cia para a seguran�a jur�dica, que deve reger as rela��es entre pa�ses amigos e aliados", completou o chanceler espanhol.
O ministro Soria denunciou, por sua vez, que a decis�o argentina sup�e o n�o cumprimento do pacto verbal fechado em Buenos Aires em fevereiro com as autoridades argentinas pelo qual "qualquer tipo de diverg�ncia em rela��o � empresa YPF devia ser resolvida amistosamente pelos grupos de trabalho que os dois governo formaram".
"Esperamos que esse claro gesto de hostilidade que as autoridades argentinas tiveram em rela��o a uma empresa espanhola n�o seja o in�cio de uma escalada", completou Soria, em refer�ncia aos interesses de outras empresas espanholas na Argentina. O governo argentino e as prov�ncias produtoras de petr�leo responsabilizam a Repsol YPF de n�o cumprir seus compromissos de investimento e afirmam que isso obriga o pa�s a importar grandes volumes de hidrocarbonetos. A Repsol YPF rejeita o argumento oficial e assegura que em 2012 previa investir 15 bilh�es de pesos (3,4 bilh�es de d�lares).