Apesar de tudo, o apetite ao risco continua em alta nos mercados financeiros. E a Bovespa abre o preg�o desta ter�a-feira tentando tirar proveito da melhora do humor dos investidores no exterior, apoiada em not�cias favor�veis vindas da Alemanha e da Espanha. O Ibovespa abriu em alta de 0,52%, acima dos 62 mil pontos.
Mas a semana ainda reserva o segundo vencimento do m�s, o de op��es sobre �ndice futuro, amanh�, o que deve manter a volatilidade agu�ada. Novamente, o calend�rio de eventos econ�micos nos EUA previsto para hoje deve ditar o ritmo dos neg�cios.
Os mercados internacionais amanheceram mais animados hoje, depois da surpreendente melhora do sentimento econ�mico na Alemanha e do resultado decente do leil�o de b�nus de curto prazo da Espanha. O �ndice alem�o ZEW de expectativas econ�micas contrariou a previs�o de queda e subiu pelo quinto m�s seguido, a 23,4 em abril, permanecendo no terreno positivo pelo terceiro m�s seguido. J� o Tesouro espanhol pagou mais caro para financiar seus t�tulos de 12 e 18 meses, embora tenha vendido acima do teto da faixa pretendida.
Nos EUA, o primeiro dado previsto para o dia veio novamente divergente. As constru��es de moradias iniciadas no pa�s ca�ram pelo segundo m�s seguido, em 5,8% em mar�o ante fevereiro, ante previs�o de alta de 0,7%, ao passo que as permiss�es para novas constru��es avan�aram 4,5%, no mesmo per�odo, alcan�ando o maior n�vel desde setembro de 2008.
Seja como for, a Bolsa continua sem muito apelo, deteriorada pela invers�o no fluxo de capital estrangeiro. E, enquanto n�o vencer os 63,2 mil pontos, suplantada por um regresso dos recursos externos, o mercado dom�stico deve continuar insosso. Segundo an�lise gr�fica da Ita� Corretora, o Ibovespa precisa romper esta resist�ncia para firmar uma recupera��o, rumo � reta de baixa no curto prazo, um pouco acima dos 64 mil pontos.
Para tanto, s� se houver um aprimoramento do cen�rio internacional, onde persistem as d�vidas sobre a situa��o fiscal na Europa e crescem as incertezas sobre a retomada econ�mica nos EUA, bem como a China assusta com o seu desaquecimento.
Mas, quem sabe, Brasil e China podem se inspirar na �ndia, onde o pa�s parceiro do Bric surpreendeu com um corte nos juros acima do esperado, citando um cen�rio preocupante para a economia. O Comit� de Pol�tica Monet�ria (Copom) do Banco Central inicia hoje sua reuni�o de pol�tica monet�ria de dois dias, para decidir sobre a atualiza��o da taxa b�sica de juros (Selic), atualmente em 9,75% ao ano. O an�ncio ocorrer� apenas na quarta-feira.
Em tempo: os investidores estrangeiros reduziram ligeiramente a posi��o "vendida" (aposta na baixa) em �ndice Bovespa futuro, um dia depois de reassumirem essa estrat�gia, �s v�speras do vencimento do derivativo de abril. Segundo dados atualizados pela BM&FBovespa at� ontem, os investidores n�o residentes est�o "vendidos" com 913 contratos em aberto. Um dia antes, na �ltima sexta-feira, os investidores estrangeiros estavam "vendidos" com 1.008 contratos em aberto, migrando da posi��o "comprada" (aposta na alta), que vinha sendo mantida no in�cio do m�s. O pr�ximo vencimento de op��es sobre Ibovespa futuro est� marcado para amanh�, dia 18.