Bras�lia - A comemorada posi��o do Brasil como 6ª maior economia do planeta vai durar muito pouco. No relat�rio World Economic Outlook, em que o Fundo Monet�rio Internacional (FMI) faz uma an�lise da economia global, o pa�s retorna ao 7º lugar, sendo ultrapassado pelo Reino Unido este ano. No ano passado, a economia brasileira alcan�ou US$ 2,492 trilh�es e passou � frente pela primeira vez a brit�nica, que atingiu US$ 2,422 trilh�es. Embora a proje��o seja de que o Produto Interno Bruto (PIB) brasileiro crescer� mais do que o do Reino Unido, em d�lares ele ficar� abaixo. A raz�o � que o FMI aposta na deprecia��o do real frente � moeda norte-americana e projeta uma valoriza��o da libra.
No ano passado, aconteceu o movimento oposto, ou seja, o real apreciou-se mais do que a libra em rela��o � moeda norte-americana. Pelas contas do fundo, o PIB brasileiro ir� crescer 3% em 2012, somando US$ 2,449 trilh�es, e o brit�nico, 0,8%, chegando a US$ 2,452 trilh�es. A diretora-gerente do FMI, Christine Lagarde — segundo a qual o Brasil n�o pode atribuir aos Estados Unidos e � Europa a responsabilidade pela valoriza��o do real, conforme sugeriu a presidente Dilma Rousseff a Barack Obama —, ressaltou que, para atingir os objetivos de crescimento e estabilidade, o mundo precisa de “um setor financeiro mais forte e seguro, que coloque os interesses da sociedade � frente do ganho monet�rio”.
No relat�rio, o FMI faz uma cr�tica ao afrouxamento monet�rio brasileiro, afirmando que “seria prematuro relaxar as configura��es da pol�tica enquanto a infla��o ainda est� acima da mediana da faixa da meta e com tend�ncia de alta”. O mercado prev� que o Comit� de Pol�tica Monet�ria (Copom) anunciar� hoje um corte de 0,75 ponto percentual na taxa b�sica da economia (Selic), atualmente em 9,75% ao ano.
Os riscos de um superaquecimento no Brasil diminu�ram depois que pol�ticas macroecon�micas come�aram a dar frutos e o ambiente externo enfraqueceu, disse o fundo. “Entretanto, o cr�dito elevado e o crescimento das importa��es sugerem que os riscos de superaquecimento n�o est�o completamente sob controle e podem ressurgir se os fluxos de capital retornarem aos n�veis anteriores”, alertou.
O fundo apontou que o desempenho no terceiro trimestre ocorreu dentro do esperado. “O PIB de muitas economias emergentes foi de certa forma mais fraco que o esperado, mas o crescimento surpreendeu para o positivo nas economias avan�adas”, disse o texto. Uma virada negativa no quarto trimestre � atribu�da principalmente � Zona do Euro.
O fundo projeta que a Am�rica Latina ter� expans�o de 3,7% este ano e de 4,1% em 2013, uma leve revis�o para cima em rela��o a janeiro, quando estimou um crescimento de 3,6% e 3,9%, respectivamente. J� a China crescer� acima de 8% tanto este ano quanto em 2013. O pa�s, que constitui com Brasil, �ndia, R�ssia e �frica do Sul o Brics, teve as exporta��es afetadas pela crise na Europa, o maior mercado, o que levou a China a reduzir sua meta de crescimento para este ano a 7,5%.