O r�pido crescimento do cr�dito em alguns pa�ses da Am�rica Latina deve ser um alerta para as autoridades, porque pode ser um sinal de futuros problemas de endividamento, declarou nesta quarta-feira o diretor do Departamento de Mercados Monet�rios e Financeiros do FMI, Jos� Vi�als.
Por enquanto, a regi�o est� a salvo da crise dos bancos europeus, que deve "desalavancar" e reduzir sua carteira de risco, mas a prud�ncia � essencial, afirmou o funcion�rio em uma coletiva de imprensa, ao apresentar o relat�rio semestral de Estabilidade Financeira mundial. "Per�odos nos quais o �ndice de cr�dito cresce muito r�pido s�o indicadores de cr�ditos ruins no futuro", explicou Vi�als ao ser perguntado em uma coletiva de imprensa sobre a situa��o da Am�rica Latina.
"As autoridades deveriam exercer vigil�ncia a respeito", afirmou. Segundo Vi�als, a eficiente an�lise das provis�es e a supervis�o da qualidade de empr�stimos s�o algumas das medidas que devem ser tomadas. O relat�rio sobre a Estabilidade Financeira dedicou amplo espa�o aos riscos dos bancos na Eurozona, submetida � press�es de todo tipo por conta da d�vida soberana dos pa�ses membros e de seus empr�stimos n�o pagos.
Esses problemas poderiam custar at� 1,4% do PIB da zona em 2012 e 2013. Na hip�tese central, os 58 maiores bancos da UE dever�o reduzir seu balan�o entre setembro de 2011 e final 2013 em 2,6 trilh�es de d�lares (2 trilh�es de euros), ou 7% de seus ativos atuais.
Em seu relat�rio, o FMI realizou uma simula��o sobre o poss�vel impacto da crise banc�ria europeia na Am�rica Latina, afirmou Vi�als, sem dar cifras. No caso de uma desalavancagem acelerada, na qual os bancos passariam a buscar em suas filiais no mundo todo a liquidez necess�ria, "h� um impacto (na Am�rica Latina) que � relativamente pequeno se comparado a outras regi�es, como a Europa", disse.
"A desalavancagem tem sido at� agora control�vel", explicou Vi�als, que citou como exemplo um fen�meno recorrente na Am�rica Latina: a substitui��o de um banco estrangeiro por outro da regi�o. "Tem havido algumas substitui��es em termos de um banco 'dom�stico' que passa a exercer o papel de banco estrangeiro", disse, o que ajudou a manter sob controle a desalavancagem.