A nacionaliza��o de 51% da YPF, unidade da espanhola Repsol na Argentina, e da YPF Gas ter� um efeito cascata de expropria��o de todas as participa��es da Repsol em empresas instaladas no pa�s e abre quest�es sobre o futuro das a��es dos s�cios nestas companhias: Mega, Metrogas, Profertil e Dock Sud.
O caso da Mega interessa diretamente � Petrobras Argentina, j� que a subsidi�ria da estatal brasileira possui 34% da companhia que produz derivados de g�s natural usados como mat�ria-prima na ind�stria petroqu�mica. A YPF � dona de 38% da Mega e a Dow Chemical tem 28%.
A YPF tem 45,33% do Cons�rcio Gas Argentino S.A. (GASA) que controla 70% da Metrogas. A partir da aprova��o do projeto de nacionaliza��o de 51% das a��es da Repsol na YPF, o Estado ser� s�cio da brit�nica na Metrogas. O controle de GASA � do BG Group com 54,67% de participa��o. O grupo ingl�s j� tem uma disputa com o Centro Internacional para Arbitragem de Disputas sobre Investimentos (CIADI).
Metade da Profertil - a maior produtora de ureia do pa�s - � da YPF e os outros 50% s�o da canadense Agrium. A Dock Sud, por sua vez, tem uma fatia de 40% pertencente � Endesa e 20% a YPF e Pan American Energy. Ontem, o senador governista An�bal Fern�ndez anunciou a inclus�o da YPF Gas no projeto de lei de expropria��o de 51% da participa��o da Repsol na YPF, o que provocou surpresa e confus�o no mercado.
Ainda n�o est� claro o que ocorrer� com a participa��o de 15% da Pluspetrol na YPF Gas. O an�ncio de Fern�ndez foi feito de maneira conturbada, sem especificar o nome da empresa a ser expropriada, o que gerou especula��es de que a Gas Natural Ban e a Metrogas poderiam ser alvos de nacionaliza��o, o que foi descartado pelo texto publicado oficialmente hoje.
A Gas Natural n�o tem participa��o acionista da Repsol, nem da YPF Gas, mas o Estado j� � s�cio da empresa atrav�s da Anses, a ag�ncia de previd�ncia social equivalente ao INSS no Brasil. A Anses tem 26% de participa��o na Gas Natural Ban, enquanto a espanhola Gas Natural Fenosa possui 54,6%.