O ministro do Planejamento e Investimentos P�blicos da Argentina J�lio de Vido, disse, ap�s encontro com o ministro de Minas e Energia, Edison Lob�o, que a primeira raz�o de sua visita a Bras�lia foi retribuir o encontro ocorrido em Buenos Aires h� dois meses, mas que a reuni�o tamb�m serviu para explicar a decis�o do governo da presidente Cristina Kirchner em expropriar a parte da espanhola Repsol na petrol�fera YPF. "Vim explicar as raz�es da decis�o e a mudan�a na legisla��o. Teremos, de agora em diante, mais do que um grande neg�cio, o desafio de trabalharmos muito", declarou.
Segundo o ministro argentino, que tamb�m foi nomeado interventor da YPF por 30 dias, a petrol�fera em breve ter� uma gest�o profissionalizada, se tornando uma sociedade an�nima com controle estatal que, em sua avalia��o, seria "muito parecida com o exemplo da Petrobras".
De acordo com De Vido, a YPF busca trabalhar em conjunto com a Petrobras, mas ele negou qualquer movimento no sentido de a empresa brasileira comprar participa��o na petrol�fera argentina ocupando o espa�o da Repsol. "N�o pretendemos que a Petrobras substitua ningu�m, mas que aumente sua presen�a em todo o territ�rio argentino. A estrat�gia da Petrobras no pa�s, no entanto, � definida pela pr�pria companhia."
O ministro afirmou que a empresa brasileira detinha 12% do mercado argentino em 2003, mas essa fatia hoje est� em 8%. "N�s (governo argentino) e a companhia pensamos que essa participa��o pode chegar a 15%."
De Vido disse ainda que o governo argentino est� conversando com as autoridades da Prov�ncia de Neuqu�m para buscar um acordo que contemple tanto os interesses locais quanto da Petrobras que, no in�cio desse m�s, teve uma licen�a de explora��o suspensa. "Somos otimistas de que vai haver uma solu��o, embora ainda n�o possamos indicar qual. Com a ajuda do governo federal, as duas partes podem achar uma sa�da virtuosa", declarou.
Segundo o ministro argentino, a YPF sob nova gest�o deve ter uma primeira reuni�o de trabalho com a francesa Total na pr�xima segunda-feira sobre dois po�os que as petrol�feras operam em conjunto. Ele tamb�m confirmou encontros no mesmo dia com a Chevron e, na ter�a-feira, com executivos da Exxon. J� com a chinesa Sinopec, De Vido negou ter tido qualquer tipo de contato ainda. ()