Uma comitiva formada pela BM&FBovespa, Comiss�o de Valores Mobili�rios (CVM) e �rg�os do governo vai visitar, entre os meses de maio e junho, sete pa�ses dos continentes americano, europeu e asi�tico, nos quais s�o registradas ofertas p�blicas iniciais de a��es (IPOs, na sigla em ingl�s) menores. O objetivo da iniciativa, de acordo com Edemir Pinto, diretor presidente da BM&FBovespa, � avaliar as caracter�sticas desses mercados e medidas que possam servir de est�mulo no Brasil.
O t�quete m�dio no Brasil nos �ltimos anos das aberturas de capital tem sido de US$ 460 milh�es, segundo o executivo. "Esse t�quete � muito alto comparado a outros pa�ses. Temos conversado muito com a CVM para buscar alternativas para flexibilizar mais IPOs menores", disse ele, durante evento que marcou o in�cio da negocia��es das a��es da companhia de frotas Locamerica na BM&FBovespa, cujo IPO pode ter movimentado at� R$ 313,9 milh�es.
O grupo deve ser dividido em dois, segundo ele, para que sejam visitados os pa�ses Inglaterra, Austr�lia, Pol�nia, Espanha, Canad�, Coreia do Sul e China. Tamb�m integram a comitiva o Banco Nacional de Desenvolvimento Econ�mico e Social (BNDES) e a Financiadora de Estudos e Projetos (Finep), empresa p�blica vinculada ao Minist�rio da Ci�ncia e Tecnologia, a Secretaria de Pol�tica Econ�mica do Minist�rio da Fazenda e a Ag�ncia Brasileira de Desenvolvimento Industrial (ABDI).
"Estamos buscando uma resposta r�pida para atrair opera��es menores para a BM&FBovespa. H� um potencial de 15 mil empresas que faturam entre R$ 100 milh�es a R$ 400 milh�es que podem alavancar os seus projetos atrav�s do mercado de capitais brasileiro", disse Edemir, em conversa com jornalistas.
Na semana passada, a presidente da CVM, Maria Helena Santana, havia dito que o �rg�o estudava flexibilizar as regras para incentivar IPOs menores que US$ 300 milh�es. Na Austr�lia, por exemplo, a faixa m�dia dos IPOs foi de US$ 66 milh�es no ano passado, enquanto no Canad� chegou a US$ 27 milh�es, segundo Maria Helena. "No Brasil, o valor m�dio dos IPOs foi de US$ 418 milh�es no ano passado. Essa diferen�a em rela��o a outros pa�ses deve servir de inspira��o para adequarmos o nosso mercado ao restante do mundo", avaliou ela, na ocasi�o.
Mercado latino-americano
Edemir disse que a BM&FBovespa mant�m conversas com as bolsas de valores do Peru e da Col�mbia para firmar acordos que permitam n�o s� a troca de experi�ncias, mas tamb�m a listagem cruzada de produtos. A estrat�gia da bolsa brasileira faz parte do seu desejo de participar do Mercado Integrado Latino-Americano (Mila).
Segundo Edemir, est� sendo avaliada a possibilidade de atrair o M�xico tamb�m. O pontap� inicial foi dado h� cerca de 10 dias, quando a BM&FBovespa firmou um acordo com a Bolsa de Comercio de Santiago (BCS) para desenvolver o mercado de derivativos no Chile. "J� estamos trabalhando para desenhar produtos para listar no Pa�s. O mercado chileno ainda � muito pequeno e incipiente", avaliou ele, sem dar mais detalhes.
O acordo entre a BM&FBovespa e a BCS prev� transfer�ncia de conhecimento no que se refere ao mercado de derivativos, incluindo produtos como op��es e futuros sobre a��es, taxas de juros e c�mbio. A alian�a entre as duas bolsas teve in�cio em dezembro de 2010. Segundo a BM&FBovespa, est�o previstos outros projetos estrat�gicos com a BCS, tais como a conectividade entre as duas bolsas, levando em conta, principalmente, o roteamento de ordens e a distribui��o de informa��es de mercado.