Usu�rios dos planos de sa�de que tiverem consulta m�dica ou exame marcado para hoje devem verificar se o profissional vai atender antes de sair de casa. Em queda de bra�o com os conv�nios, os m�dicos promovem um dia de advert�ncia e, como no ano passado, durante um dia v�o fechar os consult�rios para os usu�rios dos planos. Os profissionais da sa�de est�o tamb�m trabalhando na composi��o de um ranking para divulgar o nome das operadoras que remuneram a consulta com valores abaixo da m�dia do mercado. A lista deve servir como esp�cie de guia para empresas, organiza��es de classes e consumidores que t�m a inten��o de contratar um conv�nio.
Em Minas Gerais, aproximadamente 35 mil m�dicos est�o na ativa, sendo que mais de 75% est�o ligados aos planos de sa�de. No estado, a m�dia que as operadoras de grande porte pagam pela consulta n�o ultrapassa R$ 50, mas os m�dicos querem R$ 80 como valor de refer�ncia, reajuste dif�cil de ser alcan�ado se considerar que o pleito do ano passado de R$ 60 n�o foi atingido. Na lista de reivindica��es, os m�dicos querem garantir um patamar para revis�o dos contratos. “A instru��o normativa que prev� o reajuste anual n�o � cumprida. � preciso haver maior atua��o da ag�ncia reguladora”, diz o presidente do Sindicato dos M�dicos, Cristiano da Matta Machado.
No pa�s, entidades de defesa do consumidor v�o aproveitar o protesto para esclarecer d�vidas dos usu�rios. Esse � o caso da Proteste - Associa��o Brasileira de Defesa do Consumidor. “Vamos apoiar o movimento dos m�dicos. Houve poucos avan�os em rela��o ao movimento do ano passado e o conflito respinga no consumidor”, diz a Maria In�s Dolci , coordenadora institucional da entidade. Segundo ela, os planos precisam se aproximar mais dos usu�rios. “Ainda existem muitas d�vidas, principalmente em rela��o a coberturas e prazo de atendimento.”
A empres�ria e usu�ria de plano de sa�de, Cynthia Mour�o, considera que o conflito da remunera��o traz impactos importantes para o consumidor. “Muitos m�dicos desistem de atender pelo conv�nio, e a qualidade piora. Ficamos meses na fila esperando uma consulta. Mesmo tendo plano j� paguei particular.” A t�cnica de enfermagem Cleidiane Santos n�o tem conhecimento do conflito entre m�dicos e operadoras. Ela contratou um plano m�dico-hospitalar h� pouco mais de dois meses e concorda que falta informa��o ao consumidor, ela n�o sabe onde esclarecer d�vidas. “O plano come�ou a cobrar a mensalidade bem antes de entregar a carteirinha. Paguei sem poder usar. Isso � certo?”, questiona.
Em Belo Horizonte, o movimento dos m�dicos vai acontecer pela manh� na Assembleia Legislativa, onde acontece audi�ncia p�blica na Comiss�o de Defesa do Consumidor. A Federa��o Nacional de Sa�de Suplementar (FenaSa�de) , que congrega 15 entre os maiores grupos de operadoras de planos de sa�de, informou que o reajuste m�dio do valor das consultas praticado por suas afiliadas foi de 71,6%, entre 2005 e 2011 – �ndice maior que o acumulado de reajustes das mensalidades dos planos de sa�de individuais autorizados pela Ag�ncia Nacional de Sa�de Suplementar (ANS) nesses seis anos, que foi de 66,5%.
Segundo a ANS, as operadoras devem providenciar um novo agendamento das consultas, exames, interna��es ou qualquer outro procedimento com solicita��o m�dica pr�via, respeitando os prazos m�ximos para atendimento.