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Estado de Minas

Projeto de expropria��o da YPF deve ser aprovado hoje pelo Senado argentino


postado em 25/04/2012 08:00

O Senado argentino deve aprovar nesta quarta-feira (25) o projeto de lei que expropria 51% das a��es da empresa petrol�fera YPF, administrada pela Repsol. A vota��o come�a �s 10h30 e o governo tem ampla maioria, al�m do apoio de 62% dos argentinos, segundo pesquisa da consultoria Poliarquia. Mas muitos que apoiam a medida questionam os motivos da presidenta Cristina Kirchner.

“N�o tenho como votar contra porque sempre defendi o princ�pio de que o petr�leo � nosso e nunca deveria ter sido privatizado”, disse � Ag�ncia Brasil a senadora Norma Morandini. Jornalista e irm� de dois desaparecidos da ditadura argentina (1973-1985), ela foi candidata � Vice-Presid�ncia pela Frente Ampla Progressista – a segunda colocada nas elei��es presidenciais de 2011. Mas, apesar de sua posi��o coincidir com a ideologia da presidenta Cristina Kirchner, ela questiona os m�todos e motivos.

“� verdade que a empresa espanhola Repsol, ao comprar a YPF argentina, n�o investiu na explora��o e na produ��o de petr�leo e g�s no pa�s. Mas tamb�m � verdade que t�nhamos outros meios para lidar com a situa��o”, diz ela. Segundo a senadora, bastava retirar da Repsol as concess�es das �reas que a empresa n�o explorou como devia. Essa medida est� prevista na lei. Mas tanto o ex-presidente N�stor Kirchner (2003-2007), quanto sua mulher e sucessora, Cristina Kirchner (eleita em 2007 e reeleita em 2011), “nada fizeram, at� que a crise energ�tica estourou”, acrescenta Morandini.


A presidenta Cristina Kirchner respondeu �s cr�ticas: “Reescrevemos a hist�ria quando podemos e n�o quando queremos”. Morandini e senadores da Uni�o C�vica Radical (UCR), o maior partido da oposi��o, dizem que falta uma politica energ�tica a longo prazo. Caso contr�rio, a expropria��o em si n�o aumentar� a produ��o de combust�vel, nem incentivar� a explora��o de novas reservas de petr�leo e g�s.

“N�o tem jeito: � preciso investir dinheiro para explorar e produzir petr�leo e g�s. A Repsol n�o investiu o suficiente, mas o governo tampouco tem dinheiro para financiar tudo sozinho”, disse � Ag�ncia Brasil o economista Fausto Esportorno. “A YPF, mesmo nas m�os do Estado, vai precisar de s�cios com dinheiro para investir. E quem investe precisa ter como garantia um projeto de longo prazo”.

De todas as provas que o governo ter� que enfrentar, a aprova��o da lei de expropria��o � a menor. O problema ser� transformar a YPF em uma empresa controlada pelo Estado, capaz de produzir energia suficiente para sustentar o pa�s – a pre�os aceit�veis.


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