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Estado de Minas

Taxas baixas de juros n�o dispensam cautela em alta

Para especialistas, futuros mutu�rios n�o devem abrir a guarda diante dos novos juros, especialmente em grandes feiras, como a que a Caixa realiza na semana que vem em BH


postado em 27/04/2012 06:00 / atualizado em 27/04/2012 06:37

Se a inadimpl�ncia vai subir ou se mais bancos v�o acompanhar o corte nas taxas de juros no cr�dito imobili�rio da Caixa Econ�mica Federal e do Citibank, ainda � cedo para afirmar. O certo, at� agora, � a corrida por cr�dito imobili�rio, cen�rio que demanda ainda mais aten��o do futuro mutu�rio para evitar cair nas armadilhas que muitas vezes rondam financiamentos anunciados como mais vantajosos. Outra tenta��o s�o eventos pontuais como o feir�o que a Caixa prepara, com 430 mil im�veis em todo o Brasil e data marcada em Belo Horizonte – e outras quatro capitais – para de 4 a 6 de maio, no Expominas.

As eventuais pegadinhas escondidas no juridiqu�s das cl�usulas e outros detalhes devem ser analisados com crit�rio e acompanhamento de profissionais especializados em assist�ncia jur�dica para esse mercado, conforme alerta a Associa��o Brasileira de Mutu�rios da Habita��o (ABMH). “O feir�o � uma boa coisa, mas nunca para apressar o fechamento do neg�cio. Ele serve para que se fa�a uma boa pesquisa de mercado. A assinatura final merece o exame cuidadoso dos termos jur�dicos usados nos contratos”, destaca Leandro Pac�fico, presidente da ABMH. Para im�veis de at� R$ 500 mil, no Sistema Financeiro de Habita��o, os juros da Caixa passaram de 10% ao ano para 9%. No caso dos correntistas do banco, a queda chega ser ainda maior: para 7,5%. No fim das contas, a economia pode equivaler a 10% do valor total do im�vel.

“Mas o custo efetivo total (CET) tem outros componentes, como taxas de administra��o. � preciso estar atento, especialmente se outros bancos incorporarem a queda nas taxas, porque h� a chance de que os bancos cortem nos juros, mas ganhem nessas taxas”, alerta Pac�fico.

A Associa��o Nacional de Executivo de Finan�as, Administra��o e Contabilidade (Anefac), por outro lado, n�o acredita que a competi��o no mercado estimule a redu��o generalizada das taxas de juros no financiamento imobili�rio. O argumento � baseado no custo de capta��o dos bancos, que atualmente crava os 9% ao ano (taxa atual da Selic). A associa��o sustenta que haveria pouca margem para queda nessa modalidade. Para o o diretor executivo da Anefac, Miguel Jos� Ribeiro de Oliveira, as opera��es cujos juros ainda permitem pequenas redu��es s�o exce��o.

"Considerando igualmente que as institui��es financeiras s�o obrigadas a destinar 65% do que captam na poupan�a para o financiamento habitacional e que hoje a remunera��o da poupan�a � de cerca de 7% ao ano, mais uma vez o patamar dos juros cobrados atualmente tem pouco espa�o para ser reduzido", informou a Anefac, em comunicado. A m�dio prazo, a perspectiva � de que as taxas podem vir a cair, caso o movimento de redu��o da taxa b�sica de juros coninue. Essa, contudo, n�o � aposta un�nime entre os analistas de mercado.

A Anefac fez tamb�m uma simula��o em que exemplifica como a redu��o de juros de 10% para 9% ao ano proporciona economia de cerca de R$ 25 mil em financiamento no valor de R$ 400 mil, contratado pelo prazo de 120 meses pela tabela Price. O valor da parcela, nesse caso, cairia de R$ 5.197,83 para R$ 4.989,43, representando economia mensal de R$ 208,40.

Mais rigor

O cuidado com a concess�o do cr�dito, na contram�o da euforia com os cortes nas taxas, � considerado fundamental para a seguran�a e sustentabilidade da opera��o. Para a Anefac, as novas taxas "n�o devem ser oferecidas e estendidas a todas as opera��es e clientes, fazendo o banco ser mais criterioso na concess�o desses financiamentos".

S� o an�ncio de que as taxas m�nimas reduziram n�o significa, obviamente, que todos os financiamentos ser�o contemplados. “Claro que a libera��o de cr�dito a juros menores deve ser feita a partir da avalia��o do risco. � algo que os gerentes j� fazem, habitualmente, mas a publicidade do programa de redu��o nas taxas institucionaliza a pr�tica, al�m de impactar movimento geral no mercado”, acredita M�rcio Salvato, coordenador de economia do Ibmec.


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