A ag�ncia de classifica��o Standard & Poor's considera que existe "uma probabilidade nula de default" por parte da Espanha, assegurou nesta sexta-feira Myriam Fern�ndez de Heredia, diretora de avalia��es para a �frica e Europa.
"Um rating da categoria triplo B, neste caso na parte alta do triplo B, como � o caso da Espanha, � um rating de categoria de investimento, o que significa (...) que a probabilidade � nula de default", afirmou em coletiva por telefone, um dia depois da degrada��o por esta ag�ncia da nota da Espanha em dois graus, a BBB+.
Na v�spera, a ag�ncia de classifica��o de risco reduziu a nota da d�vida soberana da Espanha em dois n�veis, para BBB+, em perspectiva negativa, citando o risco de que o governo precise aumentar sua d�vida para apoiar bancos.
"Acreditamos que a trajet�ria fiscal do Reino da Espanha provavelmente se deteriorar� diante de um contexto de contra��o econ�mica em contraste com nossas proje��es pr�vias. Ao mesmo tempo, vemos uma probabilidade crescente de que o governo da Espanha precise prover apoio fiscal ao setor banc�rio", afirmou a S&P.
A Espanha fica assim em uma categoria de emiss�es de qualidade m�dia, mas que pode fazer frente a suas obriga��es de forma adequada.
"Acreditamos que aumentou o risco de ver a d�vida l�quida do governo federal espanhol crescer ainda mais", assinalou a S&P.
Segundo a ag�ncia, a perspectiva negativa associada � nota leva em conta os "riscos importantes" que pesam sobre as finan�as e o crescimento econ�mico da Espanha.
A ag�ncia tamb�m afirmou que as pol�ticas da zona do euro est�o falhando em melhorar a confian�a e estabilizar os fluxos de capital, j� que a regi�o necessita encontrar caminhos para apoiar diretamente os bancos de forma que os governos n�o sejam for�ados a enfrentar essa carga.
A S&P prev� que a economia espanhola dever� se contrair 1,5% este ano, quando antes esperava um crescimento leve, e previu que a queda da economia continuar� em 2013 e ficar� em torno de 0,5%.
A ag�ncia mencionou que a renda cai na Espanha, as empresas est�o cortando rapidamente sua pr�pria d�vida no lugar de investir, enquanto o governo desenvolve planos de austeridade destinados a equilibrar seu or�amento.
Esse contexto, segundo a S&P, afetar� o crescimento.
A �ltima vez que a S&P havia cortado a d�vida da Espanha foi em janeiro, tamb�m em dois n�veis, para A.
Desde ent�o, o Banco da Espanha, resgatado pelo Banco Central Europeu, tornou-se a principal fonte de ajuda para o governo para financiar seu atual d�ficit, indicou a S&P.
Mas ao mesmo tempo, segundo a ag�ncia, os bancos comerciais espanh�is est�o recorrendo cada vez mais a fontes oficiais para obter fundos, por dificuldades para fazer frente a maus empr�stimos, especialmente no setor imobili�rio.
A S&P vinculou os problemas na Espanha � estrat�gia geral da Europa contra a crise da d�vida soberana, a qual, afirmou, "continua sem efetividade".
As autoridades deveriam compartilhar em maior medida seus recursos e obriga��es, e encontrar caminhos para apoiar diretamente os bancos de forma que governos como Madri n�o sejam for�ados a faz�-lo sozinhos.